Qual o contexto? 

A osteoartrite de joelho afeta cerca de 654 milhões de pessoas maiores de 40 anos mundialmente e é associada à dor e limitação funcional. Atualmente, não há terapias médicas que melhorem a história natural da osteoartrite. Por isso, foi realizado este ensaio clínico que demonstrou que a suplementação diária de óleo de krill não melhorou a dor genicular ao longo de 24 semanas em pacientes com osteoartrite, dor e efusão sinovial.

Como o estudo foi feito? 

262 pacientes com idade maior ou igual a 40 anos, osteoartrite sintomática de joelho, dor genicular importante (definida por escore de dor auto reportada maior ou igual a 40, em uma escala analógica visual) e efusão sinovial em ressonância magnética foram randomizados para receber óleo de krill 2 g/dia ou placebo, ao longo de 24 semanas. Seus resultados mostraram que, após 24 semanas, não houve diferença significativa entre os grupos na dor genicular auto reportada. Além disso, os pacientes que receberam óleo de krill reportaram mais efeitos adversos gastrointestinais e distúrbios relacionados à intervenção do que os pacientes que receberam placebo.

Qual o impacto na prática? 

O estudo reforça que o óleo de krill não apresenta eficácia para a melhora da dor e limitação funcional em pacientes com osteoartrite de joelho sintomática. Por isso, não devemos prescrever seu uso para o perfil de pacientes estudado, visto que não apresenta eficácia comprovada e causa efeitos colaterais gastrointestinais. Novos estudos serão necessários para avaliar se o óleo de krill possui impacto positivo sobre sintomas no perfil de pacientes estudado.