Qual o Contexto?

A fibrilação atrial é uma arritmia que está associada à elevada morbidade e mortalidade e, por isso, causa impactos expressivos sobre os sistemas de saúde e sobre a sociedade. Saber qual a melhor estratégia de tratamento desta arritmia é fundamental para melhora dos desfechos dos pacientes. Dada a relevância do tema, foi discutida nessa sessão, pela Dra Olga Ferreira de Souza qual o melhor tratamento, do ponto de vista de desfechos clínicos e mortalidade, para a fibrilação atrial

Resumo da Palestra:

Nesta palestra, a Dra Olga relatou que a estratégia de controle de ritmo, de acordo com o estudo EAST-AFNET 4, para fibrilação atrial é associada a uma redução de 28% do desfecho composto de morte cardiovascular, acidente vascular encefálico, piora de insuficiência cardíaca ou síndrome coronariana aguda. No entanto, a realização desta estratégia através de medicações antiarrítmicas não é considerada ótima, visto que há redução de eficácia destas medicações a longo prazo e, ainda ocorre o risco de má aderência medicamentosa dos pacientes. Por isso, de acordo com as recomendações mais atuais, a melhor estratégia para controle de ritmo em fibrilação atrial seria a ablação por cateter: esta estratégia é classe de recomendação I em fibrilação atrial paroxística e em fibrilação atrial persistente, caso já tenha ocorrido falha de uso de medicações. No caso de fibrilação atrial persistente sem uso de medicações prévias, a ablação por cateter tem classe de recomendação IIb

Qual o Impacto na Prática?

Em pacientes com fibrilação atrial persistente em que já tenha ocorrido falha medicamentosa e, especialmente em pacientes com fibrilação atrial paroxística, é fundamental que o cardiologista indique e recomende a ablação por cateter como tratamento, devido ao significativo impacto positivo desta estratégia sobre  redução de desfechos cardiovasculares negativos e mortalidade cardiovascular.