Qual o contexto?

A osteoartrite da mão (OA) é uma doença reumática prevalente nas articulações, para a qual ainda não há cura ou tratamento modificador. Além disso, as recomendações de tratamento variam em relação a outras modalidades terapêuticas, e as evidências para a maioria dos tratamentos são limitadas. Por isso, realizou-se esta metanálise que mostrou que os estudos disponíveis ainda apoiam amplamente as recomendações atuais de tratamento.Dessa forma, são necessários ensaios futuros que devem incluir a divisão em fenótipos da OA da mão, para definição de melhor tratamento para esta condição.

Como o estudo foi feito?

Realizada busca sistemática de literatura sobre ensaios clínicos randomizados de junho de 2017 até 31 de dezembro de 2023 e sessenta e cinco novos estudos foram incluídos. Seus resultados mostraram que para intervenções não farmacológicas, houve evidência fraca para um pequeno efeito de longo prazo de exercícios de mão e um efeito moderado de longo prazo de órteses de polegar para dor.Em relação às intervenções farmacológicas, houve evidência fraca para um efeito moderado de curto prazo de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) orais na dor, evidência moderada e alta de certeza para um pequeno efeito de curto prazo de AINEs tópicos e glicocorticoides orais na função, respectivamente, e evidência fraca de que glicocorticoides orais tiveram um pequeno efeito de curto prazo na função. Além disso, houve evidência fraca de que o metotrexato teve um pequeno efeito de longo prazo na dor. A heterogeneidade dos estudos não permitiu nenhuma meta-análise sobre cirurgia.

Qual o impacto na prática?

Os resultados desta metanálise mostram que ainda não existem tratamentos ou intervenções novas para o manejo terapêutico da OA de mão. Dessa forma, reforçam que, para entender melhor o mecanismo de ação de novos e diferentes tratamentos para esta condição, estudos futuros devem incluir a divisão de OA de mão por fenótipos, visando melhorar a qualidade de vida e reduzir a dor de portadores da doença.