Qual o Contexto? 

De acordo com as recomendações atuais, o romosozumabe é indicado para pacientes com osteoporose de alto risco, visando a prevenção de fraturas. No entanto, não havia dados suficientes sobre a eficácia dessa medicação na densidade mineral óssea (DMO) ao longo de 12 meses, especialmente considerando terapias prévias. Este estudo de coorte prospectivo foi realizado para avaliar se a terapia antirreabsortiva anterior poderia atenuar a resposta da DMO ao romosozumabe.

Como o Estudo Foi Feito? 

Foram avaliados pacientes de um registro nacional de osteoporose na Suíça. A densidade mineral óssea (DMO) e as mudanças nos marcadores de renovação óssea (P1NP e CTX) foram mensurados e comparados entre pacientes que haviam recebido tratamento prévio com medicações para osteoporose e aqueles sem tratamento prévio. Os resultados mostraram que, em 12 meses, o romosozumabe levou a mudanças na DMO de 10,3% na coluna lombar, 3,1% no quadril e 3,1% no colo femoral. No entanto, foram observadas respostas significativamente menores da DMO em pacientes com tratamento prévio para osteoporose, sendo a duração da terapia antirreabsortiva anterior inversamente associada ao aumento da DMO na coluna lombar e no quadril.

Qual o Impacto na Prática? 

Por ora, esta coorte não altera as recomendações dos guidelines de tratamento para osteoporose. A primeira linha de tratamento continua sendo as drogas antirreabsortivas (bifosfonatos), e o romosozumabe permanece uma opção de tratamento, por até 1 ano, aprovada pela ANVISA em 2023, para casos de muito alto risco de osteoporose em pacientes sem doença cardiovascular. O achado deste estudo motiva a investigação em ensaios clínicos sobre a alternância de romozosumabe com terapias antirreabsortivas.