Qual o Contexto? 

O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum do mundo, e cerca de 30% dos portadores desenvolvem demência associada à doença. Dessa forma, em junho de 2024, a rivastigmina, medicação usada para tratamento de demência ligada ao Parkinson, foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS), estando agora disponível para ajudar a deter a progressão dessa condição e reduzir seus sintomas.

Quais Evidências Apoiam essa Aprovação? 

De acordo com dados do UpToDate, a rivastigmina foi avaliada em um estudo duplo-cego de 24 semanas, envolvendo 501 pacientes com demência associada ao Parkinson leve a moderada, e mostrou uma melhora moderada nos sintomas de demência quando comparada ao placebo. Melhorias clinicamente significativas foram observadas em 20% e 14,5% dos pacientes nos grupos tratados com rivastigmina e placebo, respectivamente, enquanto piora clínica foi observada em 13% e 23% dos pacientes, respectivamente. Isso sugere que, em geral, 15% dos pacientes com demência associada ao Parkinson se beneficiaram do tratamento com rivastigmina no estudo descrito.

Qual o Impacto na Prática? 

A inclusão da rivastigmina no SUS para o tratamento de uma condição debilitante como a demência associada ao Parkinson é de grande valia para a população, pois ajudará a deter sua progressão e melhorar os sintomas. A próxima etapa é investir em educação médica para que a medicação seja adequadamente prescrita e possa beneficiar um grande número de pacientes.