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    SARS-CoV-2 e Outras Infecções Virais: Impactos no Rim

    19 de dezembro de 2024

    2 minutos de leitura

    Qual o Contexto?

    A incidência de doenças virais na população permanece alta, apesar dos avanços no diagnóstico e na redução da transmissão. Este artigo, publicado no AJKD em 2024, aborda as principais manifestações renais de diversas doenças virais, como hepatites B e C, HIV e SARS-CoV-2. Nesta terceira parte, são discutidas manifestações renais de outras doenças virais.

    Durante a pandemia de COVID-19, aproximadamente um terço dos pacientes com infecção por SARS-CoV-2 apresentou injúria renal aguda (IRA). Estudos sugerem que a maioria dos casos está relacionada à necrose tubular aguda, possivelmente influenciada por fatores indiretos, como resposta inflamatória e disfunção endotelial. Evidências adicionais indicam que o vírus possui tropismo pelo epitélio tubular proximal, podendo contribuir diretamente para a lesão renal.

    Além disso, manifestações glomerulares, como glomeruloesclerose segmentar e focal colapsante, foram observadas, assim como padrões menos frequentes, como nefropatia membranosa e doença de lesão mínima. Outras infecções virais, como hantavírus e dengue, também foram relacionadas a complicações renais, principalmente necrose tubular aguda.

    Principais Achados do Estudo

    As manifestações renais associadas ao SARS-CoV-2 incluem tanto acometimentos tubulointersticiais, como necrose tubular aguda, quanto glomerulares, como glomeruloesclerose segmentar e focal colapsante. Em relação a outros vírus, o hantavírus pode causar febre hemorrágica com síndrome renal, enquanto a dengue está associada à IRA em cerca de 15% dos casos. Em pacientes imunossuprimidos, vírus como EBV, CMV, Parvovírus B19 e poliomavírus são causas frequentes de complicações renais, sendo este último uma preocupação importante em transplantados renais devido à menor sobrevida do enxerto.

    Os estudos destacam que a IRA associada ao SARS-CoV-2 é amplamente multifatorial, envolvendo necrose tubular aguda, inflamação tubulointersticial e microangiopatia trombótica. Embora o impacto direto do vírus no epitélio tubular proximal seja sugerido, os efeitos sistêmicos da infecção desempenham papel fundamental. Já no contexto de transplantes renais, a infecção por poliomavírus é uma das principais causas de rejeição crônica do enxerto, sendo detectada pela presença de SV40 nas biópsias renais.

    Qual o Impacto na Prática?

    Revisar as manifestações renais associadas ao SARS-CoV-2 é essencial, visto que um terço dos pacientes apresentou IRA durante a pandemia. Além disso, o impacto do poliomavírus em transplantados renais destaca a importância de estratégias para diagnóstico precoce e redução da imunossupressão quando possível. Essas informações reforçam a necessidade de monitoramento renal cuidadoso em pacientes com infecções virais, especialmente aqueles imunossuprimidos.


    Autor do conteúdo

    Equipe DocToDoc


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/sars-cov-2-e-outras-infeccoes-virais-impactos-no-rim


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