Quando Adiar o Implante de CDI em TV Pós-Infarto do Miocárdio?
08 de janeiro de 2025
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Pacientes com taquicardia ventricular (TV) após infarto do miocárdio (IM) são frequentemente considerados de alto risco para recorrência de TV e morte súbita cardíaca. Diretrizes recentes sugerem que a ablação por cateter pode ser uma alternativa ao implante de um cardiodesfibrilador implantável (CDI) em pacientes selecionados. Este estudo de coorte demonstrou que pacientes com FEVE >35%, TV tolerada e ausência de indutibilidade de arritmia após ablação apresentam excelente prognóstico, tornando viável o adiamento do implante de CDI.
Foram incluídos pacientes pós-IM sem CDI prévio submetidos a ablação de TV em um único centro entre 2009 e 2022. A ablação foi oferecida como terapia de primeira linha a pacientes com FEVE >35% e TV tolerada, com a decisão sobre o implante de CDI baseada na apresentação clínica, FEVE e resultados da ablação, em um processo de decisão compartilhada.
Durante um acompanhamento médio de 40 meses, 10 dos 86 pacientes apresentaram recorrência de TV, e a mortalidade geral foi de 27%, incluindo um caso de morte súbita em um paciente com CDI. Nos 37 pacientes com FEVE >35%, TV tolerada e ausência de indutibilidade de arritmia (nenhum em uso de antiarrítmicos), não houve morte súbita ou recorrência de TV.
Os resultados desta coorte sugerem que, em pacientes pós-IM com FEVE >35%, TV tolerada e não indutibilidade após ablação, a ablação por cateter deve ser considerada como estratégia terapêutica inicial. Essa abordagem pode evitar o implante de CDI e seus riscos associados, como endocardite, e oferecer uma alternativa segura e eficaz em um perfil específico de pacientes.
Autor do conteúdo
Equipe DocToDoc
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Públicação Oficial
https://app.doctodoc.com.br/conteudos/quando-adiar-o-implante-de-cdi-em-tv-pos-infarto-do-miocardio
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