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    Novos Estudos para Suplementação de Vitamina D Revelam: Menos é Mais

    16 de outubro de 2024

    2 minutos de leitura

    Confira:

    Recife - PE, 14 de Outubro de 2024. As novas diretrizes para a suplementação da vitamina D, elaboradas por um grupo de especialistas representados pela renomada Dra Marise Lazaretti-Castro, no CBEM 2024, enfatizam a necessidade de uma abordagem mais cautelosa e individualizada para a suplementação de vitamina D em indivíduos saudáveis.

    Fim da Busca pelo Nível Ideal de Vitamina D

    Uma das principais conclusões é que a busca por um nível ideal de 25-hidroxivitamina D (25-OH-vitamina D) para todos os indivíduos não é mais recomendada. A suplementação indiscriminada de vitamina D, baseada apenas nos níveis séricos, não se mostrou eficaz na prevenção de doenças e pode até trazer riscos.

    Recomendações Específicas para Diferentes Grupos Populacionais

    As novas diretrizes estabelecem recomendações específicas para diferentes grupos etários e condições de saúde:

    Bebês 0 - 1: Manter a quantidade mínima de 400 UI/dia.

    Crianças e adolescentes 1 - 18: Suplementação empírica com média de 1200 UI/d. A suplementação de vitamina D é recomendada para prevenir o raquitismo e reduzir o risco de infecções respiratórias.

    Adultos e idosos até 74 anos: A quantidade mínima necessária para manter a saúde óssea é de 600 UI/dia. Não há evidências suficientes para recomendar doses mais altas em indivíduos saudáveis.

    Idosos acima de 74 anos: A suplementação com 900 UI/dia pode reduzir a mortalidade geral.

    Gestantes: A suplementação com 2500 UI/dia pode reduzir o risco de complicações na gravidez, como pré-eclâmpsia e parto prematuro.

    Pré-DM: A suplementação com 3500 UI/dia pode retardar a progressão para o diabetes.

    Importância da Abordagem Individualizada

    As novas diretrizes destacam a importância de uma abordagem individualizada para a suplementação de vitamina D, considerando fatores como idade, exposição solar, dieta e condições de saúde. A Dra. Marise Lazaretti-Castro, professora adjunta da disciplina de Endocrinologia da Escola Paulista de Medicina, UNIFESP, enfatiza que:

    "Baseado na equidade em saúde é melhor dar a vitamina D do que depender da dosagem da 25-OH-Vitamina D, até porque não há nível plasmático ideal".

    Próximos Passos

    São necessários mais estudos para avaliar os benefícios e riscos da suplementação de vitamina D em diferentes populações. Atualmente, as evidências disponíveis sugerem que a suplementação indiscriminada de vitamina D pode não ser benéfica e, em alguns casos, pode até ser prejudicial.

    Por fim…

    As atualizações representam um avanço importante na área da endocrinologia. Ao enfatizar a importância de uma abordagem baseada em evidências, as diretrizes buscam orientar os profissionais de saúde e a população em geral sobre o uso seguro e eficaz da vitamina D.

    Referências

    • Demay MB, et al. Vitamin D for the Prevention of Disease: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2024;109(8):1907-1947. doi:10.1210/clinem/dgae290

    Autor do conteúdo

    Isabelle Magalhães


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/novos-estudos-para-suplementacao-de-vitamina-d-revelam-menos-e-mais


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