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    Novas Diretrizes para o Tratamento da Nefrite Lúpica: Avanços e Desafios

    21 de novembro de 2024

    2 minutos de leitura

    Washington DC - EUA, 18 de Novembro de 2024. O tratamento da nefrite lúpica, uma complicação grave do lúpus eritematoso sistêmico, recebeu novas diretrizes no Congresso Americano de Reumatologia (ACR 2024), que trazem importantes avanços para a abordagem terapêutica dessa doença.

    Principais mudanças nas diretrizes:

    • Terapia de indução: A terapia de indução com corticoides continua sendo a base do tratamento, com doses recomendadas de 250 a 1000 mg por 1 a 3 dias. A terapia de manutenção com corticoides deve ser iniciada com doses de 0,5 mg/kg/dia, até um máximo de 40 mg/dia.

    • Terapia tripla: A terapia tripla, combinando corticoides, micofenolato de mofetil e um segundo imunossupressor (belimumab ou inibidor de calcineurina), é recomendada para pacientes com nefrite lúpica classes III e IV.

    • Escolha do segundo imunossupressor: A escolha entre belimumab e inibidor de calcineurina dependerá das características do paciente. Pacientes com proteinúria maior que 3g/dia podem se beneficiar mais do belimumab, enquanto aqueles com outras manifestações sistêmicas podem ser tratados com inibidores de calcineurina.

    • Ciclofosfamida: A ciclofosfamida, em esquema semelhante ao Euro-Lupus, pode ser considerada como terapia alternativa para pacientes com nefrite lúpica classes III e IV.

    • Nefrite lúpica classe V: Para pacientes com nefrite lúpica classe V, a terapia tripla com corticoide, micofenolato de mofetil e inibidor de calcineurina é a preferencial.

    • Alvo do tratamento: O objetivo do tratamento é a remissão renal completa, definida como proteinúria menor que 0,5g/dia em 6 a 12 meses.

    • Duração do tratamento: A duração da terapia de manutenção é de 3 a 5 anos.

    • Falha terapêutica: Em caso de falha terapêutica, a troca do esquema terapêutico é recomendada, podendo incluir a associação de três imunossupressores.

    • Transplante renal: O transplante renal é fortemente recomendado para pacientes com nefrite lúpica resistente ao tratamento e pode ser indicado precocemente, mesmo antes da remissão completa.

    • População pediátrica: As novas diretrizes incluem recomendações específicas para a população pediátrica, reconhecendo as necessidades especiais dessa faixa etária.

    Avanços e desafios

    Estas recomendações representam um avanço significativo no tratamento da nefrite lúpica, oferecendo um guia mais preciso e individualizado para os médicos. No entanto, ainda existem desafios a serem superados, como a necessidade de estudos adicionais para comparar a eficácia e segurança das diferentes opções terapêuticas e a otimização do tratamento de longo prazo.

    Em suma…

    As novas diretrizes para o tratamento da nefrite lúpica apresentadas no ACR 2024 trazem importantes avanços para a prática clínica. A terapia tripla, com a combinação de corticoides, micofenolato de mofetil e um segundo imunossupressor, emerge como a abordagem padrão para a maioria dos pacientes. Entretanto, a escolha do tratamento ideal deve ser individualizada, levando em consideração as características de cada paciente e a gravidade da doença.


    Autor do conteúdo

    Alexandre Matos


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/novas-diretrizes-para-o-tratamento-da-nefrite-lupica-avancos-e-desafios


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