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    Novas Diretrizes para o Tratamento da Insuficiência Ovariana Prematura (IOP)

    15 de outubro de 2024

    3 minutos de leitura

    Confira:

    Recife - PE, 13 de Outubro de 2024. O  terceiro dia do CBEM 2024 trouxe importantes discussões sobre o tratamento da Insuficiência Ovariana Prematura (IOP). A Dra. Mônica de Oliveira, diretora do Departamento de Endocrinologia Feminina, Andrologia e Transgeneridade (DEFAT), apresentou novas diretrizes para a terapia hormonal na IOP, enfatizando a necessidade de doses adequadas de estrogênio e a escolha da via de administração mais apropriada para cada paciente.

    A IOP, caracterizada pela perda precoce da função ovariana, pode causar diversos sintomas como ondas de calor, alterações de humor, perda óssea e aumento do risco cardiovascular. O tratamento hormonal é fundamental para aliviar esses sintomas e prevenir complicações a longo prazo.

    De acordo com as novas diretrizes, o objetivo da terapia hormonal na IOP é alcançar níveis fisiológicos de estradiol, semelhantes aos observados durante o período reprodutivo. Para isso, recomenda-se o uso de doses mais elevadas de estrogênio, como 2mg de estradiol oral, 100mcg em adesivo ou 1,5mg em gel. A via transdérmica é preferível por evitar a passagem hepática e proporcionar níveis mais estáveis de hormônio.

    A Dra. Mônica ainda destaca que a IOP não é sinônimo de menopausa natural e que os tratamentos devem ser individualizados:

    "A gente tem que entender que a IOP é sim uma condição patológica diferente da menopausa natural, nós não podemos extrapolar os dados de menopausa para esse grupo"

    Os contraceptivos orais combinados também podem ser uma boa opção, especialmente em mulheres mais jovens, devido à sua alta aceitabilidade e baixo custo. Contudo, não é recomendado fazer pausas de 7 dias nesses medicamentos, como é comum na contracepção, pois isso pode levar a flutuações hormonais e piorar os sintomas da IOP.

    A terapia hormonal com hormônios "mais naturais" é considerada mais fisiológica e alguns estudos sugerem que ela pode proporcionar melhores resultados em termos de densidade mineral óssea e menor risco cardiovascular. No entanto, são necessários mais estudos para comparar a eficácia e segurança das diferentes opções de tratamento na população jovem com IOP.

    Impacto Para a Comunidade Médica

    As novas diretrizes para o tratamento da IOP representam progresso no cuidado dessas pacientes. Ao estabelecer doses mais precisas e recomendar a via transdérmica como a preferível, os especialistas buscam avançar os resultados terapêuticos e melhorar a qualidade de vida das mulheres com IOP.

    As recomendações visam diferenciar a IOP da menopausa natural e a individualizar o tratamento para cada paciente. Essa abordagem mais personalizada permite, sobretudo, que os médicos ofereçam um tratamento mais eficaz e seguro para suas pacientes.

    Horizonte Prevê Mais Estudos…

    São necessários mais estudos para comparar a eficácia e segurança das diferentes opções de tratamento na população jovem com IOP, especialmente no que diz respeito à escolha da via de administração e da dosagem ideal de hormônios. Entretanto, é importante investigar os efeitos a longo prazo da terapia hormonal na IOP, incluindo o risco de eventos cardiovasculares e o desenvolvimento de câncer de mama.

    Referências:


    Autor do conteúdo

    Caroline Pamponet


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/novas-diretrizes-para-o-tratamento-da-insuficiencia-ovariana-prematura-iop


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