Washington DC - EUA, 19 de Novembro de 2024. A artrite psoriásica (APs) é uma doença inflamatória crônica que afeta tanto homens quanto mulheres, mas com manifestações e respostas ao tratamento que podem variar entre os sexos. Um estudo apresentado no Congresso Americano de Reumatologia (ACR 2024) trouxe novas evidências sobre essas diferenças, identificando um perfil molecular distinto entre homens e mulheres com APs.

As diferenças sexuais na APs

O estudo analisou o perfil proteômico de 100 pacientes com APs ativa, comparando homens e mulheres. Os resultados revelaram diferenças significativas na expressão de genes entre os sexos, com mais de 700 genes expressos de forma diferente nos homens em comparação com as mulheres.

Essas diferenças genéticas se traduzem em diferentes vias biológicas ativadas em cada sexo, sugerindo que os mecanismos inflamatórios e imunológicos envolvidos na APs podem variar entre homens e mulheres. Essa descoberta pode explicar por que as mulheres, em geral, apresentam maior atividade da doença e menor resposta aos tratamentos convencionais.

A importância das descobertas

A identificação dessas diferenças sexuais na APs é fundamental para o desenvolvimento de novas terapias e estratégias de tratamento mais personalizadas. Ao entender os mecanismos moleculares que subjazem às diferenças entre homens e mulheres, os pesquisadores poderão desenvolver tratamentos mais eficazes para cada sexo.

O que dizem os especialistas?

O Dr. Chris Ritchlin, um dos principais pesquisadores da área, destacou a importância dessas descobertas:

 "Existem muitas explicações possíveis para essas diferenças, mas as principais questões são: isso é social, biológico ou uma combinação? E como vamos abordar isso? É um grande desafio para nós que tratamos esses indivíduos."

Próximos passos

Este estudo representa um passo importante na compreensão das diferenças sexuais na APs. No entanto, são necessárias mais pesquisas para elucidar os mecanismos moleculares envolvidos e desenvolver novas terapias direcionadas a essas diferenças.

Concluindo…

As novas descobertas sobre as diferenças sexuais na APs abrem caminho para uma medicina de precisão para essa doença. Ao entender os mecanismos moleculares que subjazem a essas diferenças, os pesquisadores poderão desenvolver tratamentos mais eficazes e personalizados para homens e mulheres com APs, melhorando assim a qualidade de vida dos pacientes.