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    Microbioma e Autoimunidade: A Chave para Novas Terapias Personalizadas?

    26 de setembro de 2024

    2 minutos de leitura

    Autor Colaborador:

    Alexandre Matos - Equipe Reumatize

    Qual o Contexto?

    A crescente evidência do papel do microbioma intestinal em doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico (LES) e doença inflamatória intestinal (DII), sugere uma ligação importante entre a composição microbiana e a progressão dessas condições. Este estudo investigou o papel do microbioma intestinal em doenças autoimunes, com foco no lúpus eritematoso sistêmico (LES) e na doença inflamatória intestinal (DII). O objetivo foi identificar assinaturas microbianas compartilhadas e exclusivas entre essas condições, buscando potenciais biomarcadores que possam guiar novos tratamentos e diagnósticos.

    Como o Estudo Foi Feito?

    Foi realizada uma análise metagenômica detalhada de pacientes com seis doenças autoimunes: LES, DII, esclerose múltipla, miastenia grave, doença de Graves e espondilite anquilosante. Os microbiomas desses pacientes foram comparados com o de pacientes com câncer colorretal, uma condição conhecida por causar disbiose. A partir do uso de inteligência artificial, os pesquisadores identificaram perfis bacterianos específicos, analisando genes funcionais e mapeamento de interações proteína-proteína entre o hospedeiro e o microbioma. Esses dados foram validados experimentalmente, explorando o impacto do microbioma em vias chave de sinalização no hospedeiro, como a via dos glicocorticoides e a sinalização de interleucina-12. O estudo identificou biomarcadores e perfis microbianos que predizem a presença dessas doenças e mecanismos comuns entre LES e DII, utilizando análise de interações proteína-proteína (PPI). Em particular, foi demonstrada a interação entre proteínas derivadas de bactérias intestinais e o receptor de glicocorticoides, sugerindo seu impacto em vias inflamatórias.

    Qual o Impacto na Prática?

    Os resultados deste estudo reforçam a relevância do microbioma no desenvolvimento de doenças autoimunes e sugerem que perfis microbianos específicos podem servir como biomarcadores promissores para diagnóstico e tratamento personalizado. As interações entre o microbioma e vias imunológicas do hospedeiro, como o receptor de glicocorticoides, podem abrir novas possibilidades terapêuticas, especialmente para o tratamento de LES e DII. Esses achados são um passo importante rumo a abordagens mais direcionadas e eficazes no manejo de doenças autoimunes.


    Autor do conteúdo

    Equipe DocToDoc


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/microbioma-e-autoimunidade-a-chave-para-novas-terapias-personalizadas


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