Insuficiência Ovariana Prematura: Novas Diretrizes para o Diagnóstico e Investigação
14 de outubro de 2024
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Recife - PE, 13 de Outubro de 2024. Tema de extrema importância tratado no CBEM, a insuficiência ovariana prematura (IOP) é caracterizada pela perda precoce da função ovariana, antes dos 40 anos de idade. Essa condição pode causar diversos sintomas, como alterações menstruais, ondas de calor e diminuição da libido, afetando significativamente a qualidade de vida das mulheres.
O diagnóstico da IOP baseia-se na presença de ciclos menstruais irregulares ou ausência de menstruação, níveis elevados do hormônio folículo estimulante (FSH) e baixos níveis de estradiol. A nova diretriz da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE) enfatiza a importância de um diagnóstico precoce e preciso, a fim de iniciar o tratamento adequado e prevenir complicações a longo prazo.
"A necessidade da atenção a IOP, do FSH para o diagnóstico e necessidade de investigação etiológica. A avaliação não deve ser postergada pelas consequências futuras".
É o que destaca o Dr. Fabio Comim, endocrinologista e professor adjunto da UFMG.
Após o diagnóstico da IOP, é fundamental investigar a causa subjacente. Embora em muitos casos a causa seja desconhecida (idiopática), a identificação de uma causa específica pode orientar o tratamento e o aconselhamento genético. Entre as possíveis causas da IOP, destacam-se:
Causas genéticas: Síndrome do X frágil, síndrome de Turner.
Causas autoimunes: Doença de Addison, tireoidite de Hashimoto.
Causas infecciosas: Caxumba, HIV.
Causas iatrogênicas: Quimioterapia, radioterapia.
A insuficiência ovariana prematura está associada a diversos problemas de saúde, como:
Osteoporose: A deficiência de estrogênio aumenta o risco de fraturas.
Doenças cardiovasculares: A falta de estrogênio pode contribuir para o desenvolvimento de doenças do coração.
Disfunção sexual: A diminuição da libido e a secura vaginal são queixas comuns.
Problemas emocionais: A IOP pode causar ansiedade, depressão e impacto na qualidade de vida.
O tratamento da IOP visa aliviar os sintomas e prevenir complicações a longo prazo. As opções terapêuticas incluem:
Terapia de reposição hormonal: A reposição de estrogênio e progesterona pode aliviar os sintomas do hipoestrogenismo e proteger os ossos.
Tratamento das causas subjacentes: Quando a causa da IOP é identificada, o tratamento específico pode ser iniciado.
Aconselhamento: O acompanhamento psicológico pode ajudar as mulheres a lidar com as questões emocionais relacionadas à IOP.
A insuficiência ovariana prematura é uma condição que exige uma abordagem multidisciplinar, envolvendo ginecologistas, endocrinologistas e outros especialistas. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para melhorar a qualidade de vida das mulheres afetadas. As novas diretrizes da ESHRE representam um avanço significativo no diagnóstico e manejo da IOP, oferecendo um guia mais preciso para os profissionais de saúde. Espera-se futuramente a redução de casos “idiopáticos” e maior definição etiológica.
Autor do conteúdo
Isabelle Magalhães
Referências
Públicação Oficial
https://app.doctodoc.com.br/conteudos/insuficiencia-ovariana-prematura-novas-diretrizes-para-o-diagnostico-e-investigacao
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