Inibidores do SGLT2 Não Melhoram Desfechos em Hospitalizados com COVID-19
25 de outubro de 2024
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Apesar do uso de inibidores do SGLT2 ter sido proposto como um potencial tratamento para adultos hospitalizados com COVID-19, devido aos efeitos anti-inflamatórios e de proteção endotelial desta classe medicamentosa, estudos randomizados não mostraram evidências de benefício. Assim, foi realizada esta metanálise, que concluiu que o uso dos inibidores do SGLT2 não melhorou os desfechos no perfil de pacientes avaliado.
Foram selecionados estudos randomizados das bases ClinicalTrials.gov, EudraCT e do registro WHO ISRCTN, entre novembro/2022 e janeiro/2023, que estimaram o efeito da administração oral de inibidores do SGLT2 e o compararam com o tratamento usual ou placebo, no que diz respeiro à mortalidade por todas as causas em 28 dias. Os termos de busca foram “random”, “COVID” e “inibidor SGLT2”, e o desfecho primário de segurança foi cetoacidose em 28 dias. Três estudos foram elegíveis, totalizando 6.096 pacientes. Em 28 dias, ocorreram 351 mortes nos pacientes que usaram inibidores do SGLT2 e 382 entre os expostos ao tratamento usual ou que usaram placebo (p=0,33). Cetoacidose ocorreu em 7 pacientes do grupo que usou inibidores do SGLT2 e em 2 pacientes expostos ao tratamento usual ou placebo.
Esta metanálise sugere que, apesar dos efeitos anti-inflamatórios e de proteção endotelial dos inibidores do SGLT2, o uso desta classe medicamentosa não demonstrou evidência clara de benefício em pacientes com COVID-19. Por isso, não deve ser utilizada como tratamento padrão para o perfil de pacientes avaliado.
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Equipe DocToDoc
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Públicação Oficial
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