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    ICO 2024 - Telemedicina e Aplicativos no Tratamento da Obesidade

    02 de julho de 2024

    2 minutos de leitura

    Qual o Contexto? 

    No Brasil, muitos pacientes não têm acesso a um tratamento presencial de qualidade. A expansão do atendimento online durante a pandemia de COVID-19 (2020-2023) abriu um precedente significativo para o tratamento online da obesidade, permitindo que mais pacientes pudessem ser tratados em todo o Brasil e até fora do país. A Dinamarca foi pioneira em "e-health" antes mesmo da pandemia. Além disso, houve um desenvolvimento notável de aplicativos voltados para a perda de peso. No Congresso Internacional de Obesidade 2024, realizado em São Paulo, especialistas discutiram as barreiras e soluções para a manutenção do peso a longo prazo, destacando a eficácia e a segurança do tratamento da obesidade através da telemedicina e aplicativos móveis.

    Resumo da Discussão 

    Dr. Fábio Rogério Trujilho discutiu a eficácia e segurança do atendimento de telemedicina para obesidade, destacando que cerca de 50% de suas consultas são teleconsultas. Ele enfatizou a importância de uma anamnese detalhada, investigando o maior peso, a maior perda de peso prévia e os padrões alimentares. A prescrição digital hoje é feita de forma simples e rápida, melhorando a adesão ao tratamento com menor tempo gasto e redução de custos. A teleconsulta permite identificar a adesão ao exercício físico e as comorbidades associadas, direcionando a linha de tratamento. O exame físico pode ser realizado via vídeo, utilizando fita métrica e balança em casa, além de dispositivos como relógios e aplicativos para uma avaliação precisa.

    Dr. Rodrigo Nunes Lamounier apresentou dados sobre o uso de "coaching digital" como facilitador de adesão ao tratamento e na redução de peso (2 a 12,7 kg) e hemoglobina glicada (0,47%), mostrando eficácia na comunicação online contínua. Ele destacou estudos com aplicativos para perda de peso, como o app KENPO no Japão e outro que tira fotos da comida. Após 12 semanas, houve uma redução de peso discreta (~3 kg) comparada ao grupo sem app (~0,4 kg), dependente do tempo de uso do aplicativo, que tende a diminuir com o tempo.

    Qual o Impacto na Prática? 

    Em resumo, os palestrantes reforçaram que a telemedicina e o uso de aplicativos podem ser recursos eficazes no tratamento da obesidade, permitindo tratar mais pacientes ao redor do Brasil e do mundo, que não teriam acesso a esse nível de atendimento. É uma abordagem segura, efetiva e perfeitamente possível de ser implementada, utilizando aplicativos que facilitam a adesão aos medicamentos e ao estilo de vida dos pacientes, como controle de sono, consumo de água, fotos da comida e prática de exercícios. Dr. Fábio concluiu que a telemedicina é efetiva e de bom custo-benefício tanto para os pacientes quanto para as empresas médicas, afirmando que essa prática já é uma realidade presente, não apenas uma tendência futura.

    Texto elaborado por: Dr. Frederico Maia, Endocrinologista, pós-doc pela UNICAMP


    Autor do conteúdo

    Equipe DocToDoc


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/ico-2024-telemedicina-e-aplicativos-no-tratamento-da-obesidade


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