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    IC e FA: A titulação rápida da terapia realmente faz diferença nos desfechos?

    01 de janeiro de 2025

    2 minutos de leitura

    Qual o Contexto?

    A titulação rápida da terapia médica orientada por diretrizes (TMOD) antes e após a alta hospitalar em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) é uma prática viável, segura e já comprovada como benéfica. No entanto, sua eficácia em pacientes com fibrilação/flutter atrial (FA/AFL) ainda não estava clara. Por isso, realizou-se esta análise secundária do estudo STRONG-HF, que mostrou que a titulação rápida da TMOD beneficia os pacientes independentemente da presença de FA/AFL, embora os resultados em pacientes com FA/AFL não tenham alcançado significância estatística por si só.

    Como o Estudo Foi Feito?

    Foram analisados 1.078 pacientes com IC aguda, sendo 46% com histórico de FA/AFL, classificados por tipo (permanente, persistente ou paroxística). Eles foram randomizados para receber tratamento intensivo com rápida titulação da TMOD ou tratamento usual. O desfecho primário foi mortalidade por todas as causas ou readmissão por IC em 180 dias.

    Os resultados mostraram que a dose média de inibidores neuro-hormonais atingiu 80% da dose ideal até o dia 90, sem diferenças significativas entre os grupos com e sem FA/AFL. Em relação à incidência de mortalidade ou readmissão por IC, o grupo de tratamento intensivo apresentou taxas numericamente menores em pacientes com FA (HR ajustado: 0,75; IC 95%: 0,48-1,19) e significativamente menores no grupo sem FA (HR ajustado: 0,50; IC 95%: 0,31-0,79). O p para interação foi 0,2107, indicando que a presença ou ausência de FA/AFL não alterou de forma significativa a eficácia do tratamento intensivo. Eventos adversos foram semelhantes entre os grupos, e o tipo de FA/AFL não influenciou os resultados.

    Qual o Impacto na Prática?

    Este estudo reforça que a rápida otimização da TMOD é segura e viável mesmo em pacientes com IC e FA/AFL, trazendo benefícios potenciais na redução de mortalidade e readmissão. Na prática clínica, é essencial evitar a inércia terapêutica e buscar a titulação precoce e agressiva da TMOD, garantindo que pacientes com arritmias coexistentes também alcancem doses otimizadas dos tratamentos recomendados.


    Autor do conteúdo

    Equipe DocToDoc


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/ic-e-fa-a-titulacao-rapida-da-terapia-realmente-faz-diferenca-nos-desfechos


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