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    ADA 2024 - Foco do Manejo do Diabetes Tipo 2 Recém-Diagnosticado: Prioridades para 2024?

    25 de junho de 2024

    2 minutos de leitura

    Qual o Contexto?

    No Encontro da Associação Americana de Diabetes 2024, especialistas discutiram o manejo do DM2 recém-diagnosticado. Uma preocupação emergente é que, tradicionalmente, o diagnóstico do DM2 ocorria em pessoas de meia-idade. No entanto, um número crescente de pacientes mais jovens (<40 anos) está sendo diagnosticado. Esse DM2 de início precoce mostrou um risco significativamente maior de mortalidade, especialmente por doenças cardiovasculares, em comparação com o DM2 diagnosticado mais tarde na vida.

    Resumo da Palestra: 

    A Dra. Ania Jastreboff (Yale) enfatizou tratar a obesidade primeiro, destacando que a perda de peso, mesmo pequena (3-7%), melhora o controle glicêmico e reduz riscos cardiovasculares. Perdas maiores que 10% podem levar à remissão do diabetes e reduzir a mortalidade. Novas terapias hormonais, como Semaglutida e Tirzepatida, têm mostrado resultados expressivos de perda de peso e melhora de desfechos cardiovasculares e renais. Estudos como SELECT CVOT, STEP-HFpEF e FLOW demonstraram reduções significativas em eventos cardiovasculares e renais. O estudo SURMOUNT OSA também mostrou que a tirzepatida reduziu a gravidade da apneia do sono em obesos. Dra. Ania também ressaltou que a obesidade é uma doença crônica que requer tratamento contínuo e possivelmente combinado, semelhante ao manejo da hipertensão e diabetes. Ela destacou que a resposta ao tratamento da obesidade é menor em diabéticos, sugerindo que um tratamento precoce e intensivo poderia melhorar os resultados. Por fim, a especialista sugeriu a inclusão do tratamento da obesidade no ABCDE do cuidado com o diabetes. A Dra. Roopa Mehta (México) ressaltou a prevenção de complicações futuras, apontando a importância do controle glicêmico intensivo precoce. Ela mostrou que a presença de complicações ao diagnóstico já é alta, especialmente nos países de baixa renda. Estudos mostram que complicações microvasculares ao diagnóstico preveem problemas macrovasculares e que a mortalidade é maior em casos de início precoce da doença, com uma redução da expectativa de vida em 3-4 anos nesses pacientes, quando o início da doença ocorre 10 anos antes do esperado. O Dr. Roy Taylor (Newcastle) defendeu a busca pela remissão do diabetes, apoiado em programas nacionais e estudos como DIRECT e Look Ahead. O Dr. David Nathan (Massachusetts) argumentou que o controle da hiperglicemia continua sendo central, já que é o principal fator de complicações crônicas do diabetes.

    Qual o Impacto na Prática? 

    O manejo precoce e intensivo do DM2 recém-diagnosticado é essencial, combinando controle glicêmico, tratamento da obesidade e prevenção de complicações. Foi destacada a importância da perda de peso e da redução da hiperglicemia de forma precoce e intensiva, promover mudanças no estilo de vida e controlar os fatores de risco, evitando a inércia terapêutica e priorizando a terapia combinada, como demonstrado no estudo VERIFY. O controle intensivo da glicose nos primeiros anos de diagnóstico reduz significativamente complicações microvasculares e cardiovasculares, conforme evidenciado em estudos como UKPDS e Steno-2. Por fim, a educação em saúde e uma boa relação médico-paciente são cruciais para garantir a adesão ao tratamento.


    Autor do conteúdo

    Equipe DocToDoc


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/foco-do-manejo-do-diabetes-tipo-2-recem-diagnosticado-prioridades-para-2024


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