Fibrose Miocárdica é Marcador Prognóstico em Estenose Aórtica
23 de outubro de 2024
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Pacientes portadores de estenose aórtica (EA) moderada ou grave assintomática estão sob risco de eventos cardiovasculares. Por isso, são necessários dados que contribuam para a definição do prognóstico desses pacientes. Assim, foi realizada esta coorte, que demonstrou que o aumento da fibrose intersticial difusa do miocárdio, avaliada por ressonância magnética cardíaca, está associado a resultados desfavoráveis em pacientes com EA moderada e grave assintomática.
Foram avaliados 457 pacientes com EA moderada ou grave assintomática, submetidos à ressonância magnética cardíaca. A fibrose intersticial difusa e as cicatrizes no miocárdio foram avaliadas por meio da fração de volume extracelular (FVE) e do realce tardio com gadolínio. O desfecho foi uma composição de mortalidade e admissão por insuficiência cardíaca. Os resultados mostraram que, em um seguimento médio de 5,7 anos, ocorreram 83 eventos de desfecho primário, e os pacientes que experimentaram esses eventos apresentaram uma FVE mais elevada (p=0,003). Além disso, o estudo demonstrou que a FVE é um marcador de risco independente associado a desfechos (p=0,039) e possui um valor prognóstico incremental significativo quando associado a outros parâmetros de gravidade da EA, função cardíaca, comorbidades e realce tardio com gadolínio (p<0,05).
O estudo sugere que, em pacientes com EA moderada e grave assintomática, a ressonância magnética cardíaca seria útil para a avaliação prognóstica da presença de fibrose intersticial difusa. Dessa forma, é possível identificar aqueles que necessitam de uma vigilância mais intensiva para prevenção de resultados adversos.
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Equipe DocToDoc
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Públicação Oficial
https://app.doctodoc.com.br/conteudos/fibrose-miocardica-e-marcador-prognostico-em-estenose-aortica
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