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    Espironolactona Melhora Desfechos em Pacientes com Diabetes e Doença Renal Crônica

    09 de setembro de 2024

    2 minutos de leitura

    Qual o Contexto? 

    A ativação persistente do receptor mineralocorticoide é uma resposta patológica observada em pacientes com diabetes tipo 2 (DM2) e doença renal crônica (DRC). Embora os antagonistas mineralocorticoides sejam conhecidos por reduzir complicações cardiovasculares, as vias mecanísticas diretas desses efeitos em humanos ainda não estão totalmente esclarecidas. Este estudo randomizado investigou se a espironolactona pode melhorar os desfechos em pacientes com DM2, alto risco cardiovascular e DRC moderada a grave.

    Como o Estudo Foi Feito? 

    Foram incluídos no estudo 79 pacientes com DM2 de alto risco, DRC não-dialítica, todos sob a dose máxima tolerada de bloqueadores do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Os participantes foram randomizados em dois grupos: 42 receberam placebo e 37 foram tratados com espironolactona 25 mg/dia. O desfecho primário foi a alteração no volume da parede da aorta torácica (medida por ∆TWV ou ∆PWV) após 12 meses, enquanto os desfechos secundários incluíram alterações na massa e fibrose do ventrículo esquerdo. Após 12 meses, observou-se que a alteração média no PWV foi de 7,1±10,7% no grupo placebo e de 0,87±10% no grupo tratado com espironolactona (diferença significativa), sugerindo que a espironolactona reduziu a progressão do volume da parede da aorta torácica. Além disso, o grupo placebo apresentou um aumento maior (significativo) na massa ventricular esquerda em comparação ao grupo tratado com espironolactona (3,1±8,4g versus -5,8±8,4g).

    Qual o Impacto na Prática? 

    Este estudo demonstra que a espironolactona pode induzir regressão na massa ventricular esquerda e no volume da parede da aorta torácica em pacientes com alto risco cardiovascular, potencialmente melhorando seus desfechos clínicos. No entanto, a eficácia e segurança da espironolactona neste cenário foram avaliadas por apenas 12 meses. Estudos randomizados adicionais com um tempo de seguimento mais longo são necessários para determinar se esses efeitos se mantêm a longo prazo no perfil de pacientes estudado.


    Autor do conteúdo

    Equipe DocToDoc


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/espironolactona-melhora-desfechos-em-pacientes-com-diabetes-e-doenca-renal-cronica


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