ERA 2024 - O Que Mais o Reumatologista Pode Usar de Imagens?
25 de junho de 2024
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A utilização de métodos de imagem na Reumatologia é de suma importância na prática clínica. Exames como a Cintilografia Óssea e PET-CT auxiliam na complementação diagnóstica, avaliação da resposta terapêutica e identificação de possíveis acometimentos secundários e sítios de atividade articular. No Encontro de Reumatologia Avançada 2024, uma mesa redonda com Dr. Allan Santos e Dr. Julio de Brandão Santos discutiu o tema.
A cintilografia óssea, realizada em três fases com o radiofármaco Tecnécio-99, apresenta hipercaptação em áreas de alto turnover celular ou remodelação óssea, frequentemente associadas à inflamação. Este exame é amplamente disponível e relativamente de baixo custo, sendo útil para identificar acometimentos em artrite reumatoide (sinovites), Sjogren (glandular), espondiloartrites (sacroiliíte) e esclerose sistêmica (retardo no esvaziamento gástrico). Outra modalidade de crescente importância é o PET-CT, que utiliza o radiofármaco FDG-18, um análogo da glicose, cuja captação está relacionada à alta atividade metabólica. Seu uso é bem estabelecido em vasculites de grandes vasos, polimialgia reumática e doença relacionada à IgG4. O PET-CT é particularmente benéfico na identificação precoce de acometimentos e sua extensão, servindo também como guia para biópsias e avaliação de resposta terapêutica. As novas sequências de ressonância magnética (RM), incluindo aceleradores de imagem como o TC-Like ZTE (imagem com tempo de eco zero), aumentam a sensibilidade para erosões e são úteis no seguimento de doenças. A sequência de Difusão (DWI) demonstrou benefícios especialmente nas miopatias, sendo mais sensível que STIR para edema muscular e oferecendo avaliação quantitativa, embora tenha pouco benefício nas espondiloartrites. Além disso, o protocolo de corpo inteiro é útil para processos clinicamente indetectáveis e avaliação de toda a anatomia.
A adoção de métodos avançados de imagem, especialmente o PET-CT e novas sequências de RM, aumenta a acurácia diagnóstica e a avaliação da atividade da doença. Com o uso de inteligência artificial e direcionamento por patologia, o tempo de aquisição dos exames é reduzido. No entanto, o custo e a disponibilidade ainda representam barreiras para a aplicabilidade prática dessas tecnologias. Por fim, é importante não esquecer o papel da cintilografia como ferramenta de triagem e auxílio no manejo clínico de doenças reumáticas.
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Equipe DocToDoc
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