EndoSociety 2024 -Qual a história natural dos microadenomas hipofisários não funcionantes?
04 de junho de 2024
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Nos últimos anos vem aumentando a detecção de microadenomas hipofisários em exames de imagem tanto devido à maior sensibilidade dos exames quanto pela maior frequência de realização desses exames. Diante de um paciente com esse achado, como realizar a investigação e o acompanhamento?
Em um estudo multicêntrico conduzido no Reino Unido (Hamblin, et al. EJE, 2023) com seguimento médio de 3,5 anos foi encontrada uma taxa de crescimento de 2,7% (IC 95%: 2,0-3,5) por 100 pessoas-ano. Foram excluídas lesões císticas. O crescimento médio foi de 2 mm e a média de tempo de detecção de crescimento foi de 3 anos. A maior parte dos casos de hipopituitarismo (85%) ocorreu em adenomas maiores que 5 mm. Adenomas com menos de 5 mm foram associados apenas com hipogonadismo. Apenas 0,6% dos pacientes foram diagnosticados com hipopituitarismo durante o seguimento e foi associado com crescimento maior que 1 cm. Limitações do estudo foram: o diagnóstico de adenoma não funcionante não confirmado por avaliação anatomopatológica, interpretação dos exames de imagem não foi unificada, não foi realizado um seguimento de muito longo prazo.
Microadenomas hipofisários não funcionantes tem baixa probabilidade de crescimento durante os primeiros três anos do diagnóstico. Manter o seguimento de imagem inicial em um período de três anos é considerado seguro. Desenvolvimento de novo hipopituitarismo é extremamente raro, não sendo recomendado repetir avaliação hormonal hipofisária na ausência de crescimento da lesão.
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Equipe DocToDoc
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Públicação Oficial
https://app.doctodoc.com.br/conteudos/endosociety-2024-qual-a-historia-natural-dos-microadenomas-hipofisarios-nao-funcionantes
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