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    EndoSociety 2024 - Estratégias para o tratamento da osteoporose: estratificação de risco e a sequência do tratamento importam

    04 de junho de 2024

    2 minutos de leitura

    Qual o contexto?

    O tratamento para osteoporose pode ser desafiador, em especial em pacientes com seguimento de longo prazo ou com necessidade de troca de medicação. O denosumabe é uma medicação frequentemente utilizada, que leva a ganho de massa óssea, porém que é relacionado a efeito rebote na suspensão da medicação, com perda de massa óssea.

    O que sabemos sobre o denosumabe?

    •  Na suspensão da medicação, há efeito rebote com perda de massa óssea acelerada e maior risco de fraturas
    • Fatores relacionados a maior risco de efeito rebote: idade jovem, tempo de uso do denosumabe, ganho de massa óssea no quadril durante o uso do denosumabe, menor BMD antes do início do denosumabe, maior CTX antes do início do denosumabe
    • O uso de teriparatida após o uso do denosumabe leva a perda de massa óssea (estudo DATA-SWITCH)
    • O uso de bisfosfonatos orais ou endovenoso (ácido zoledrônico) também tem relação com perda de massa óssea, porém em menor proporção em relação às outras medicações, sendo a opção recomendada pelos guidelines
    • Quanto maior o tempo de uso do denosumabe, maior pode ser a perda de massa óssea - por esse motivo, guidelines recomendam utilizar bisfosfonato endovenoso (ácido zoledrônico) se uso da medicação por mais de 2,5 anos
    • Quanto maior o ganho de massa óssea em uso do denosumabe, maior a perda de massa óssea na sua suspensão
    • Não há dados de muito longo prazo, com seguimento superior a 10 anos
    • Se paciente com muito alto risco de fraturas, optar por realizar tratamento com osteoformadores e, após, realizar transição para o denosumabe ou outro antireabsortivo
    • Há estudos em andamento avaliando o uso de doses menores de denosumabe em um período de “desmame” antes da suspensão completa e transição para outra medicação, porém ainda sem publicação de resultados
    • Em caso de pacientes que apresentam osteonecrose de mandíbula ou fratura atípica em uso de denosumabe, outras opções terapêuticas são raloxifeno, teriparatida ou abaloparatida (não disponível no Brasil) 

    Qual o impacto na prática?

    Ao iniciar tratamento com o denosumabe, deve-se avaliar a idade do paciente e a perspectiva de uso da medicação em longo prazo - evitar a prescrição em pacientes jovens. No momento da prescrição, o paciente deve ser informado sobre os riscos da suspensão não supervisionada da medicação ou o atraso na aplicação da dose. O planejamento na ordem de uso das medicações tem impacto direto no ganho de massa óssea

    Palestrante:

    Mona Al Mukaddam, MD, MS

    University of Pennsylvania, Philadelphia, PA, USA


    Autor do conteúdo

    Equipe DocToDoc


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/endosociety-2024-estrategias-para-o-tratamento-da-osteoporose-estratificacao-de-risco-e-a-sequencia-do-tratamento-importam


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