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    EndoSociety 2024 - Envelhecimento endócrino na meia idade: Lições da transição menopausal

    04 de junho de 2024

    2 minutos de leitura

    Qual o contexto?

    Atualmente ainda somos capazes de compreender todos os mecanismos envolvidos com o envelhecimento humano. Estudos avaliando mudanças cerebrais em mulheres pré, pós menopausa e na transição menopausal, além de mulheres com doença de Alzheimer, tentam elucidar esses mecanismos.

    Quais os achados?

    O processo de envelhecimento pode ser categorizado em diferentes fases, sendo proposto por esse grupo categorizar em cronológica precoce, endocrinológica e cronológica tardia, com diferentes mudanças transcricionais em cada fase.

    Durante esse processo, a ausência de estrógeno leva a uma mudança metabólica (“cérebro faminto”) com funcionamento mitocondrial ineficiente, aumento no metabolismo de aminoácidos, dos corpos cetônicos e dos ácidos graxos. Para fornecimento de substrato, há o catabolismo de substância branca, com formação de debris de mielina que podem ativar o sistema imune e levar a dano cerebral.

    Dessa forma, a menopausa é um período de transição metabólica e imune no cérebro, com alteração do metabolismo de glicose, redução do volume de substância branca e sem redução no volume de substância cinzenta.

    Quem é mais susceptível?

    Mulheres com alterações metabólicas estavam mais vulneráveis para comprometimento cognitivo global, memória verbal e função executiva (Karin net al, Menopause, 26(1):2019) quando comparadas a mulheres com perfil metabólico normal e com mulheres com hipertensão arterial sistêmica.

    Mulheres que receberam terapia de reposição hormonal NO MOMENTO da transição menopausal tiveram menor risco de doenças neurodegenerativas. Quanto mais tempo em uso da terapia, mais tempo com proteção para essas condições. Quando a terapia é iniciada tardiamente, já ocorreram as mudanças metabólicas e imunes, sem benefício significativo.

    Quais as perspectivas para o futuro?

    Há mais de um tipo de receptor estrogênico cerebral (alfa e beta). O receptor do tipo beta está relacionado a regeneração neuronal, manter sobrevivência celular, redução de radicais livres de oxigênio, além da regulação do funcionamento mitocondrial.

    Estão em estudo novas formas de estrógeno (PhytoSERMs) capazes de atuar especificamente nos receptores beta, levando a benefício neurológico sem aumento de risco de câncer de mama. No momento, estão em andamento estudos em fase 2

    Palestrante:

     Roberta Diaz Brinton, PhD 

    The University of Arizona, Tucson, AZ, USA


    Autor do conteúdo

    Equipe DocToDoc


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/endosociety-2024-envelhecimento-endocrino-na-meia-idade-licoes-da-transicao-menopausal


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