Qual o Contexto?

Empagliflozina e dapagliflozina são inibidores de SGLT2 que demonstraram benefícios cardiovasculares em pacientes com diabetes tipo 2 (DM2) de alto risco, mas a eficácia comparativa entre elas é desconhecida. Este estudo, utilizando uma metodologia de emulação de ensaio clínico a partir de dados reais, buscou avaliar se há diferenças nos desfechos cardiovasculares ao longo de seis anos entre as duas drogas em pacientes com DM2, com ou sem doença cardiovascular aterosclerótica ou insuficiência cardíaca.

Como o Estudo Foi Feito?

Utilizando registros de saúde dinamarqueses, a emulação do estudo comparou pacientes que iniciaram tratamento com empagliflozina ou dapagliflozina, além do tratamento padrão, entre 2014 e 2020. O desfecho primário foi uma combinação de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral isquêmico, insuficiência cardíaca e morte cardiovascular. Os resultados mostraram que o risco de eventos cardiovasculares adversos maiores foi semelhante entre os grupos (10% em ambos; diferença de risco 0% [IC 95%: –0,9% a 1%]), e os achados foram consistentes em pacientes com e sem doença aterosclerótica cardiovascular.

Qual o Impacto na Prática?

Este estudo sugere que os benefícios cardiovasculares observados com inibidores de SGLT2, como empagliflozina e dapagliflozina, podem refletir um efeito de classe. Assim, para pacientes com DM2, com ou sem doença cardiovascular pré-existente, ambas as drogas podem ser consideradas equivalentes para a redução de risco de eventos cardiovasculares.