EASD 2024 - Tratando a Doença Hepática Terminal na MASLD, Segundo o Novo Guideline da EASL–EASD–EASO
11 de setembro de 2024
2 minutos de leitura
A doença Hepática Esteatótica associada a Disfunção Metabólica (MASLD) pode progredir para doença hepática terminal, caracterizada por cirrose e insuficiência hepática. Quando o tratamento conservador não é mais eficaz, o transplante hepático pode ser considerado como uma opção terapêutica. Diante disso, esse tema foi abordado pelo Dr. Frank Tacke durante sua palestra no evento da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD) 2024.
O palestrante inicia reforçando que nutrição desempenha um papel crucial no manejo da cirrose relacionada à esteatohepatite associada à disfunção metabólica (MASH). Para pacientes com sarcopenia, obesidade sarcopênica ou cirrose descompensada, uma dieta com alto teor de proteínas é fundamental para preservar e reconstruir a massa muscular.
Quanto ao uso de medicamentos para controle de doenças metabólicas em pacientes com cirrose por MASH, o Dr. Tacke explica que a Metformina pode ser usada em adultos com cirrose compensada e função renal preservada. As Sulfonilureas devem ser evitadas em adultos com descompensação hepática devido ao risco de hipoglicemia. Já os Agonistas do receptor GLP- podem ser usados em adultos com cirrose classe A de Child-Pugh, bem como os Inibidores de SGLT-2 (cirrose classe A e B de Child-Pugh). As Estatinas podem ser usadas em adultos com doença hepática crônica, incluindo aqueles com cirrose compensada.
O Dr. Tacke explica que a diretriz fornece orientações sobre a avaliação e seleção de pacientes com MASLD para transplante hepático. Isso inclui a avaliação da gravidade da doença, avaliação do risco de complicações e avaliação da qualidade de vida. O transplante hepático é considerado quando há falência hepática, complicações da cirrose e qualidade de vida significativamente comprometida. Os critérios para seleção de candidatos ao transplante envolvem a gravidade da doença, comorbidades, expectativa de vida, adesão ao tratamento e qualidade de vida do paciente.
Na prática clínica, o transplante hepático pode ser uma opção eficaz para pacientes com MASLD em estágio terminal. No entanto, é importante destacar que o sucesso do transplante depende de diversos fatores, incluindo a qualidade do enxerto, o manejo pós-transplante e a adesão do paciente ao tratamento.
Autor do conteúdo
Equipe DocToDoc
Referências
Públicação Oficial
https://app.doctodoc.com.br/conteudos/easd-2024-tratando-a-doenca-hepatica-terminal-na-masld-segundo-o-novo-guideline-da-easleasdeaso
Compartilhe
Copyright © 2024 Portal de Conteúdos MEDCode. Todos os direitos reservados.