EASD 2024 - Impacto dos Inibidores de SGLT2 no Desenvolvimento de Cetoacidose em Pacientes com Diabetes Tipo 1
13 de setembro de 2024
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Os inibidores do cotransportador 2 de sódio-glicose (SGLT2) são potencialmente benéficos como adjuvante da insulina no manejo do diabetes tipo 1, mas foram levantadas preocupações de segurança quanto a um aumento do risco de cetoacidose diabética euglicêmica. Diante disso, esse tema foi abordado pela Dra. Eva Svehlikova durante sua palestra no evento da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD) 2024.
A palestrante inicia explicando que o estudo investigou o impacto dos inibidores de SGLT2, como dapagliflozina, no desenvolvimento de cetoacidose e no metabolismo intermediário em pessoas com diabetes tipo 1 (T1D). Dezesseis homens com T1D participaram de um estudo randomizado, duplo-cego e cruzado, recebendo dapagliflozina ou placebo por 7 dias. Após a retirada da insulina, observou-se que, com dapagliflozina, a produção endógena de glicose (EGP) foi cerca de 30% menor e os níveis plasmáticos de glicose foram 40% mais baixos em comparação ao placebo. Apesar disso, houve um aumento acentuado de beta-hidroxibutirato, indicando maior risco de cetoacidose euglicêmica. A Dra. Svehlikova conclui que tais resultados sugerem que a dapagliflozina reduz a EGP, o que pode explicar a ocorrência de cetoacidose com glicemia normal em pacientes com T1D tratados com inibidores de SGLT2.
Na prática clínica, é importante monitorar cuidadosamente os pacientes com diabetes tipo 1 que usam inibidores do SGLT2 para detectar sinais de cetoacidose euglicêmica.
Autor do conteúdo
Equipe DocToDoc
Referências
Públicação Oficial
https://app.doctodoc.com.br/conteudos/easd-2024-impacto-dos-inibidores-de-sglt2-no-desenvolvimento-de-cetoacidose-em-pacientes-com-diabetes-tipo-1
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