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    EASD 2024 - Focando na doença hepática gordurosa relacionada à disfunção metabólica para a prevenção de doença cardiovascular

    09 de setembro de 2024

    2 minutos de leitura

    Qual o Contexto?

    Com o aumento global da doença hepática gordurosa relacionada à disfunção metabólica (MAFLD), a associação desta doença hepática comum com doenças cardiovasculares tornou-se cada vez mais evidente. A principal característica da doença é o processo de inflamação crônica do fígado, que leva a danos aos hepatócitos, seguidos por fibrose hepática e, eventualmente, cirrose. Além disso, esses pacientes têm maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares (DCV). Eles compartilham vários mecanismos fisiopatológicos, principalmente distúrbios do metabolismo lipídico e lipotoxicidade. Diante disso, esse tema foi abordado pelo Dr. Shashank Joshi durante sua palestra no evento da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD) 2024.

    Resumo da Palestra:

    O palestrante inicia explicando a mudança de nomeclatura de doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD) para doença hepática gordurosa associada à disfunção metabólica (MAFLD). A MAFLD é uma doença multissistêmica, em que a resistência à insulina e a disfunção metabólica desempenham um papel central no desenvolvimento tanto das doenças hepáticas quanto das complicações extra-hepáticas, como DCV e cânceres extra-hepáticos. Fatores como obesidade, dislipidemia aterogênica e resistência à insulina aumentam significativamente os riscos cardiovasculares em pacientes com MAFLD. Além disso, os ácidos biliares (ABs) emergem como importantes mediadores do metabolismo lipídico e da saúde cardiovascular, oferecendo novas possibilidades terapêuticas para essas condições, incluindo a modulação de receptores de ABs como uma abordagem para tratar tanto a MASLD quanto as DCV associadas. O Dr. Joshi conclui  que embora não haja atualmente um tratamento farmacológico específico aprovado para a doença hepática, os faotres de risco cardiovasculares devem ser tratados. A grande maioria das meta-análises comprovou que a pioglitazona é segura e eficaz no tratamento de pacientes com MAFLD, mesmo naqueles com fibrose significativa.

    Qual o Impacto na Prática?

    Na prática clínica, pacientes com esteato-hepatite associada à disfunção metabólica e/ou fibrose avançada (F3-F4), bem como aqueles com MAFLD e diabetes tipo 2 concomitante, devem ser identificados como grupos de risco especial, com maior probabilidade de eventos cardiovasculares adversos e mortalidade. Modificações no estilo de vida, incluindo perda de peso, aumento da atividade física e ajustes na nutrição, são fundamentais. Os fatores de risco cardiovascular concomitantes devem ser abordados com estatinas, medicamentos anti-hipertensivos (preferencialmente inibidores da ECA e bloqueadores dos receptores de angiotensina), aspirina e agentes sensibilizadores à insulina, como análogos do peptídeo 1 semelhante ao glucagon, metformina e possivelmente inibidores de SGLT2.


    Autor do conteúdo

    Equipe DocToDoc


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/easd-2024-focando-na-doenca-hepatica-gordurosa-relacionada-a-disfuncao-metabolica-para-a-prevencao-de-doenca-cardiovascular


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