Qual o Contexto?

As modificações epigenéticas por meio da metilação do DNA contribuem para a regulação do metabolismo do músculo esquelético. Embora a atividade física regular seja uma intervenção bem-sucedida para o tratamento do diabetes tipo 2, os mecanismos moleculares subjacentes ainda não são totalmente compreendidos. Diante disso, esse tema foi abordado pela Dra. Kirstin MacGregor durante sua palestra no evento da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD) 2024.

Resumo da Palestra:

A palestrante inicia explicando que o seu estudo investigou as alterações na metilação do DNA e na expressão gênica no músculo esquelético após exercício em mulheres com diabetes tipo 2 (DM2) e tolerância normal à glicose (TNG). Após 35 minutos de ciclismo, foram observadas mudanças distintas nos perfis de metilação do DNA, com maior número de locais de CpG metilados diferencialmente em mulheres com DM2 (11.187 locais, 3.143 regiões). A metilação foi associada a vias de resposta imunológica e ativação de células, além de remodelação celular em mulheres com DM2. No total, 3.839 genes foram expressos de maneira única em mulheres com DM2 após o exercício. A Dra. MacGregor conclui que essas alterações epigenéticas influenciam a regulação de respostas imunes e remodelação celular no músculo esquelético em mulheres com DM2.

Qual o Impacto na Prática?

Na prática clínica, o estudo identifica um novo mecanismo molecular envolvido na resposta do músculo esquelético ao exercício em mulheres com diabetes tipo 2.