Qual o Contexto?

A obesidade é um importante problema de saúde global com opções de tratamento limitadas. O amicretina, um novo agonista co-receptor da amilina e do receptor do peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1) está sendo estudado como nova opção terapêutica. Diante disso, esse tema foi abordado pela Dra. Agnes Gasiorek durante sua palestra no evento da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD) 2024.

Resumo da Palestra:

A palestrante inicia explicando que o seu estudo investigou a segurança, tolerabilidade e efeitos de perda de peso do amicretina, um novo co-agonista de amilina e GLP-1 de administração oral, em pessoas com sobrepeso ou obesidade. Participaram 95 pessoas que receberam amicretina por via oral em doses diárias e 29 que receberam placebo. Após 12 semanas, a redução média de peso foi de -10,4% (50 mg) e -13,1% (2×50 mg) no grupo amicretina, comparado a -1,1% no grupo placebo (p<0.0001). Os efeitos adversos mais comuns foram náusea e vômito, relacionados à dose. Embora doses mais altas tenham mostrado menor tolerabilidade, a escalonagem gradual permitiu boa aceitação até doses de 2×50 mg. A Dra. Gasiorek conclui que os resultados indicam que o amicretina pode ser uma nova opção promissora para o tratamento da obesidade, com investigações futuras planejadas.

Qual o Impacto na Prática?

Na prática clínica, o amicretina, administrado oralmente, é seguro, tolerável e induz perda de peso significativa em indivíduos com sobrepeso ou obesidade. Esse medicamento pode ser uma nova opção terapêutica eficaz para o tratamento da obesidade.