Qual o Contexto?

O manejo da saúde óssea em mulheres na pré-menopausa, com câncer de mama, que estão sob terapias de privação hormonal (TPH), é desafiador, e a eficácia das drogas com atividade óssea ainda é incerta. Este estudo multicêntrico retrospectivo mostrou que pacientes sob alto risco de fraturas vertebrais podem se beneficiar da prevenção através do uso de drogas com atividade óssea, como bifosfonatos e denosumab.

Como o Estudo Foi Feito?

Foram incluídas 306 mulheres na pré-menopausa, com câncer de mama inicial, todas sob TPH. A densidade mineral óssea e as fraturas vertebrais morfométricas foram avaliadas após 12 meses do início da TPH e, posteriormente, após pelo menos 24 meses. Após a avaliação inicial, as drogas com atividade óssea foram prescritas em 77,5% das pacientes (151 usaram denosumab 60 mg a cada 6 meses e 86 usaram bifosfonatos). Novas fraturas vertebrais ocorreram com maior frequência nas mulheres não tratadas, em comparação com aquelas tratadas com drogas com atividade óssea (p<0,001). A eficácia anti-fratura permaneceu significativa mesmo após ajuste para fatores como IMC, história familiar de fraturas, menopausa induzida por quimioterapia e fraturas vertebrais pré-existentes.

Qual o Impacto na Prática?

Prevenir a perda de densidade mineral óssea em pacientes com câncer de mama na pré-menopausa é fundamental para manter a funcionalidade e reduzir o risco de fraturas. Neste perfil de pacientes, recomenda-se investigar a desmineralização óssea, especialmente por meio de densitometria óssea da coluna lombar, fêmur proximal e antebraço, e, após avaliação, iniciar precocemente o uso de drogas com atividade óssea para prevenir fraturas e melhorar a qualidade de vida.