Diabetes Pernambuco 2024 - Diabetes tipo 2 em adolescentes: o perigo do “lobo em pele de cordeiro”
06 de julho de 2024
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A epidemia de obesidade em adolescentes trouxe como consequência o aumento do diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) de início recente. Essa doença apresenta uma diminuição da função das células-beta pancreáticas mais rápida quando comparada ao DM2 do adulto, além de uma progressão mais rápida das complicações. Diante disso, esse tema foi abordado pela Dra. Ambika Ashraf durante sua palestra no evento Diabetes e Metabolismo Pernambuco 2024.
A palestrante inicia mostrando os resultados do estudo TODAY, o qual evidenciou maiores taxas de complicações secundárias ao diabetes em pacientes jovens. Por isso, a Dra. Ashraf justifica que o DM2 em adolescentes é mais grave, agressivo e precisa de terapias combinadas. Ela explica que o diagnóstico do DM2 nessa faixa etária é composto pela confirmação do DM associado a testes autoimunes negativos, obesidade, acantose nigriccante, peptídeo C elevado e forte história familiar de DM2 de início recente. O manejo inicial dessa condição clínica é baseada na apresentação clínica desse paciente. Se a hemoglobina glicada for menor de 8,5%, a droga inicial é a Metformina, podendo associar agonista de GLP1 ou inibidor de SGLT2 se a hemoglobina glicada não atingir 7% em 3 meses. Caso a hemoglobina glicada for maior de 8,5% ao diagnóstico, o médico deve iniciar insulinoterapia. Se o paciente continuar apresentando hiperglicemia pós-prandial, a Metformina deve ser associada. Caso o paciente não atinja o alvo de 7,0% de hemoglobina glicada, agonista de GLP1 ou inibidor de SGLT2 deve ser prescrito. Quanto a mudança de estilo de vida, a perda de peso deve ser objetivada em 7-10%. A Dra. Ashraf reforça que não há medicação ideal em monoteapia para o tratamento dessa condição. Ela finaliza lembrando a importância do rastreio de complicações do diabetes no momento do diagnóstico.
Na prática, não existe medicamento ideal para tratar DM2 de início recente e a insulina não deve ser usada em monoterapia. A associação de análogos de GLP1 ou inibidores de SGLT2 deve ser considerada. Além disso, a hemoglobina glicada alvo deve ser < 6,5%. A mudança de estilo de vida não é suficiente para tratar esses pacientes, porém, deve ser incentivada, bem como mudanças alimentares.
TYPE 2 DIABETES IN ADOLESCENTS: THE “DANGEROUS” WOLF IN SHEEP’S CLOTHING!
Speaker: Ambika Ashraf (USA)
Coordinator: Maria Paula Bandeira (PE)
Debators:
Daniela Coelho (PE)
Ana Carla Neves (PE)
Autor do conteúdo
Equipe DocToDoc
Referências
Públicação Oficial
https://app.doctodoc.com.br/conteudos/diabetes-pernambuco-2024-diabetes-tipo-2-em-adolescentes-o-perigo-do-lobo-em-pele-de-cordeiro
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