Como Eu Faço Controle Glicêmico em Pacientes Críticos Adultos Com Base no Guideline da Society of Critical Care Medicine Guidelines on Glycemic Control for Critically Ill Children na Adults 2024
22 de novembro de 2024
2 minutos de leitura
A hiperglicemia é comum em pacientes críticos e pode impactar negativamente no desfecho clínico dos pacientes. A hiperglicemia significativa pode desencadear diurese osmótica, disfunção endotelial, respostas inflamatórias, podendo reduzir a recuperação neuromuscular, aumentar o risco de infecções e de mortalidade.
Um aumento na chance de mortalidade está associado a valores extremos de glicemia, entretanto ainda há controversas quanto a faixa ideal de controle glicêmico para pacientes críticos
Com o objetivo de atualizar as diretrizes de 2012, a Society of Critical Care Medicine e o American College of Critical Care Medicine realizou uma nova revisão sistemática da literatura
Os estudos selecionados foram avaliados usando a escala GRADE (Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation) para a estratificação da força das evidências encontradas e as recomendações foram elaboradas por cada grupo e revisadas pelo painel de especialistas.
O método GRADE categoriza a qualidade das evidências em quatro níveis (alta, moderada, baixa e muito baixa), e, com base nas qualidades das evidências, relação risco-benefício, e disponibilidade de recursos, classifica as recomendações como forte ou fracas.
Este resumo traz recomendações para o controle glicêmico relacionados apenas a pacientes críticos adultos
Deve-se iniciar protocolos e procedimentos para controle glicêmico para tratar hiperglicemia persistente em pacientes críticos adultos. Considera-se hiperglicemia persistente, 2 ou mais medidas consecutivas de glicemia ≥ 180 mg%. (Boa prática)
Deve-se utilizar protocolos de manejo glicêmico com baixo risco de complicações com hipoglicemias. A hipoglicemia deve ser tratada sem atraso. (Boa prática)
Recomenda-se contra a titulação de infusão de insulina objetivando um controle glicêmico intensivo com alvo de 80 a 139 mg% em relação a uma meta de controle glicêmico mais liberal, com alvo entre140 a 180 mg% (Recomendação fraca)
O controle glicêmico com alvo intensivo aumenta a frequência de hipoglicemias
Recomenda-se o uso de insulina endovenosa em infusão contínua ao invés de insulina subcutânea intermitente para o controle glicêmico de pacientes críticos (Recomendação fraca)
O uso de insulina subcutânea pode produzir o mesmo efeito no controle glicêmico que o uso endovenoso, entretanto algumas condições como uso de vasopressores, má perfusão tissular e edema de subcutâneo são variáveis que pode prejudicar sua absorção.
Recomenda-se o monitoramento frequente da glicemia, em intervalos ≤ 1h em pacientes críticos em uso de insulina endovenosa contínua (Recomendação fraca)
Recomenda-se o uso de protocolos que incluam ferramentas claras explicitas quanto ao direcionamento e decisão para pacientes que recebam insulina endovenosa contínua (Recomendação fraca)
Autor do conteúdo
Guilherme Lemos
Referências
Públicação Oficial
https://app.doctodoc.com.br/conteudos/como-eu-faco-controle-glicemico-em-pacientes-criticos-adultos-com-base-no-guideline-da-society-of-critical-care-medicine-guidelines-on-glycemic-control-for-critically-ill-children-na-adults-2024
Compartilhe
Copyright © 2024 Portal de Conteúdos MEDCode. Todos os direitos reservados.