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    CBR 2024 - Desafios no Diagnóstico Laboratorial da SAF

    24 de setembro de 2024

    2 minutos de leitura

    Qual o Contexto?

    A dosagem rotineira de anticorpos antifosfolípides — como anticoagulante lúpico (LAC), anticardiolipina (ACL) e beta-2-glicoproteína I (B2GPI) — sem indicação clínica, se tornou cada vez mais presente na prática clínica reumatológica. Esta estratégia reduz probabilidade pré-teste dos anticorpos e gera dúvidas quanto à interpretação dos exames. Diante do exposto, esse tema foi abordado em palestra ministrada pela Dra. Ana Patrícia Nascimento no Congresso Brasileiro de Reumatologia de 2024.

    Resumo da Palestra:

    A palestrante inicia explicando que os anticorpos relacionados à síndrome antifosfolípide (SAF) devem ser solicitados apenas quando houver suspeita clínica, e a solicitação deve incluir os três anticorpos padronizados. O anticoagulante lúpico está associado a um maior risco de eventos trombóticos, mas sua interpretação pode ser influenciada pela anticoagulação prévia. É crucial suspender a heparina por 12 horas, novos anticoagulantes como a rivaroxabana por 48 horas e a varfarina por 5 a 7 dias antes da coleta. Outros fatores, como a elevação da proteína C reativa (PCR), podem gerar resultados falso-positivos. Quanto aos anticorpos anticardiolipina e anti-beta2-glicoproteína, apenas as frações IgG e IgM devem ser solicitadas, pois as frações IgA não são relevantes para o diagnóstico e não estão associadas a eventos trombóticos. As frações IgG são mais indicativas de risco trombótico, enquanto as IgM têm relevância na SAF obstétrica. Pacientes triplo positivos exigem atenção especial, apresentando pior prognóstico com mais eventos trombóticos. A Dra. Nascimento finaliza destacando que a titulação desses anticorpos não se correlaciona com a atividade da doença, embora titulações mais elevadas sejam frequentemente observadas na SAF primária em comparação com a secundária.

    Qual o Impacto na Prática?

    Na prática, a adequada solicitação dos anticorpos para SAF aumenta o valor preditivo positivo dos testes. Além disso, interpretar corretamente os resultados é essencial para avaliar o risco de desfechos desfavoráveis e recorrências, otimizando o monitoramento do paciente.


    Autor do conteúdo

    Equipe DocToDoc


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/cbr-2024-desafios-no-diagnostico-laboratorial-da-saf


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