CBR 2024 - Ano de Revisão em Osteoporose
24 de setembro de 2024
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A osteoporose é a doença osteometabólica mais comum na prática clínica, caracterizada pela diminuição da massa óssea e pela deterioração de sua microarquitetura, o que leva a um risco aumentado de fragilidade e fratura óssea. Como novidades principais do último biênio, destacaram-se dois tópicos principais: a estratificação do risco de fratura e o tratamento da osteoporose. Diante do exposto, a aula de ano de revisão em osteoporose foi administrada pela Dra Mariana Ortega no Congresso Brasileiro de Reumatologia de 2024.
A palestrante inicia destacando a estratificação de risco. A Dra. Ortega reforçou a atualização do FRAX Brasil 2.0 - NOGG, lançado em setembro/2024 no site da ABRASSO. Em relação à ferramenta anterior, no FRAX Brasil 2.0 é possível fazer os ajustes para o cálculo da probabilidade de fratura conforme os fatores de risco apresentados pelo paciente. Dessa forma, devemos estar atentos à exposição do paciente a doses elevadas de glicocorticoides orais (≥7,5mg por dia), à discordância entre o T-score da coluna lombar e do colo femoral, à presença de diabetes tipo II, ao número de fraturas prévias e ao histórico de quedas, pois todas essas situações apresentam um fator de multiplicação associado (disponível no site da ABRASSO) que deve ser utilizado para calcular de forma mais fidedigna o risco de fratura do nosso paciente. Além disso, no FRAX-BR 1.0 o limite de intervenção era idade dependente, de forma que muitos pacientes acima de 70 anos acabavam não tendo indicação de tratamento pela ferramenta, pois o risco de óbito suplantava o de uma nova fratura. O FRAX-BR 2.0 apresenta um limite de intervenção híbrido, sendo dose dependente até os 70 anos e apresentando um limiar fixo após essa idade. Dessa forma, a nova versão possibilita estimar, de forma mais fidedigna, o risco de fratura nessa parcela da população mais idosa. Como última novidade da nova ferramenta, foi criada a categoria de muito alto risco de fratura, não disponível na versão anterior. Essa separação entre alto e muito alto risco de fratura é essencial, pois hoje em dia sabemos que o tratamento da osteoporose é baseado na estratificação de risco do paciente. A Dra. Ortega finaliza ressaltando que enquanto pacientes de alto risco são candidatos ao uso de bisfosfonatos ou denosumabe, o tratamento preferencial do paciente de muito alto risco deve incluir uma terapia anabólica.
Na prática, sempre que possível, devemos usar o FRAX BR 2.0 – NOGG como uma ferramenta de auxílio para estratificação do risco de fratura do paciente. Por fim, o tratamento deve ser individualizado conforme a categoria de risco.
Autor do conteúdo
Equipe DocToDoc
Referências
Públicação Oficial
https://app.doctodoc.com.br/conteudos/cbr-2024-ano-de-revisao-em-osteoporose
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