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    CBN 2024 - Atualizações sobre Acessos Vasculares para Hemodiálise

    30 de setembro de 2024

    2 minutos de leitura

    Qual o Contexto?

    A hemodiálise é a principal forma de terapia de suporte renal artificial, utilizada por cerca de 90% dos pacientes com insuficiência renal. Portanto, é de extrema importância o conhecimento e o manejo dos acessos vasculares. A fístula arteriovenosa (FAV) é geralmente o acesso de escolha, pois apresenta menor risco de infecção e um fluxo otimizado. No entanto, a escolha do acesso deve ser sempre individualizada, considerando as características clínicas de cada paciente. Além disso, com o avanço das técnicas de ultrassonografia, essa modalidade se tornou uma ferramenta essencial no manejo das fístulas arteriovenosas.

    Resumo do Tema:

    O Professor Bernard Canaud trouxe o conceito de que todo acesso vascular para pacientes em hemodiálise deve ser individualizado. Em relação aos acessos venosos de longa permanência (Permcath), as vantagens incluem o uso imediato, menor repercussão cardiovascular e menor dor. No entanto, entre as desvantagens estão a limitação de fluxo, menor performance, risco de infecção e o custo elevado.

    Em relação às fístulas arteriovenosas, as vantagens incluem uma melhor performance de fluxo e menor risco de infecção. No entanto, as desvantagens incluem o risco de disfunção, dor e repercussão cardiovascular. Existem alguns fatores que podem contraindicar a fístula como primeira escolha, como fatores de risco relacionados ao paciente, condições anatômicas e cardiovasculares, necessidade de diálise emergencial e comorbidades graves.

    Na aula da Dra. Elisa Fernanda Ferri Censi, foram abordadas estratégias do ultrassom point of care (POCUS) para acesso vascular. Para a avaliação da maturação da FAV, a "regra dos 6" é utilizada, sugerindo que a maturação e liberação para uso ocorra de 6 a 8 semanas após a confecção, com 6 milímetros de diâmetro, 6 milímetros de distância da pele, 600 ml/min de fluxo e 6 centímetros de comprimento.

    Além disso, parâmetros ultrassonográficos podem prever disfunções, como o aumento de 2 a 3 vezes na velocidade de pico sistólico em áreas de estenose, lúmen menor que 2 mm e baixo fluxo.

    Qual o Impacto na Prática?

    Classicamente, a fístula arteriovenosa é a primeira opção de acesso em pacientes submetidos à hemodiálise. No entanto, há situações em que essa pode não ser a melhor escolha. A decisão deve ser sempre individualizada. O advento do POCUS tem se mostrado um aliado importante na avaliação da maturação, nas punções e no diagnóstico de complicações, trazendo mais segurança e precisão ao manejo dos acessos vasculares.

    Texto elaborado por: Vinícius Silveira (equipe Nefronews)


    Autor do conteúdo

    Equipe DocToDoc


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/cbn-2024-atualizacoes-sobre-acessos-vasculares-para-hemodialise


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