Betabloqueadores Não Pioram Desfecho no DPOC Após Infarto do Miocárdio
19 de julho de 2024
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Os estudos clínicos que demonstraram benefícios cardiovasculares dos betabloqueadores excluíram pacientes com DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). Assim, não se sabe se pacientes infartados com DPOC se beneficiam desta medicação. Por isso, foi realizada esta coorte longitudinal que mostrou que a prescrição de betabloqueadores na alta hospitalar, no perfil de pacientes avaliado, não é associada a aumento de risco de eventos adversos cardiopulmonares.
Foram selecionados 579 pacientes portadores de DPOC que tiveram infarto agudo do miocárdio. Desses, 77 pacientes receberam alta hospitalar sem betabloqueador e 502 receberam alta hospitalar com betabloqueador. O desfecho primário era o tempo até um desfecho composto de morte ou hospitalização por todas as causas ou revascularização. Seus resultados mostraram que a prescrição de betabloqueador, na alta hospitalar, não foi associada a um aumento de risco de eventos adversos em pacientes com DPOC e infarto do miocárdio.
Apesar do desenho observacional, os achados deste estudo reforçam que, em pacientes portadores de DPOC e com indicação clara de uso de betabloqueador (como o infarto recente), é seguro utilizar esta classe medicamentosa para melhorar desfechos cardiovasculares, sem aumento de eventos adversos graves. Dessa forma, devemos manter a prescrição de betabloqueadores em pacientes com DPOC após infarto do miocárdio, não nos esquecendo de manter as medicações regulares para o controle de DPOC deste perfil de pacientes.
Autor do conteúdo
Equipe DocToDoc
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Públicação Oficial
https://app.doctodoc.com.br/conteudos/betabloqueadores-nao-pioram-desfecho-no-dpoc-apos-infarto-do-miocardio
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