Washington DC - EUA, 16 de Novembro de 2024. O Congresso Americano de Reumatologia (ACR 2024) trouxe promissoras novidades para o tratamento da granulomatose com poliangiíte (GEPA). Apresentados pelo Dr. Peter Merkel, os resultados do estudo MANDARA demonstraram a eficácia do benralizumabe, uma terapia direcionada aos eosinófilos, na redução significativa dos sintomas e na preservação de funções em pacientes com GEPA.

O que o estudo mostrou?

O estudo MANDARA avaliou a eficácia do benralizumabe em comparação com o mepolizumabe, outro medicamento que atua sobre os eosinófilos. Os resultados demonstraram que o benralizumabe foi eficaz em reduzir significativamente:

• Sintomas das vias aéreas superiores e inferiores: A melhora nesses sintomas foi rápida e sustentada ao longo do tratamento.

• Outras manifestações: A perda auditiva e a neuropatia periférica também apresentaram melhora, sem progressão do dano.

• Uso de corticoides: Os pacientes tratados com benralizumabe conseguiram reduzir substancialmente o uso de corticoides, diminuindo os efeitos colaterais associados a essa classe de medicamentos.

Por que isso é importante?

A GEPA é uma doença inflamatória rara e grave, que pode causar danos em diversos órgãos. Os tratamentos convencionais, como os corticoides e imunossupressores, apresentam efeitos colaterais significativos e nem sempre são eficazes no controle da doença. O benralizumabe representa uma nova opção terapêutica, com um mecanismo de ação mais específico e com menor potencial de efeitos adversos.

Dr Merkel enfatiza que:

“Apesar do benralizumabe sido eficaz em pacientes com neuropatia periférica na granulomatose com poliangeíte, pacientes com quadros graves foram excluídos do trabalho, sendo necessários mais estudos para avaliar esse cenário.”

O que o futuro reserva?

Os resultados do estudo MANDARA são promissores e abrem novas perspectivas para o tratamento da GEPA. No entanto, são necessárias mais pesquisas para avaliar a eficácia do benralizumabe em diferentes subgrupos de pacientes e a longo prazo. Além disso, estudos futuros devem investigar a combinação do benralizumabe com outras terapias para otimizar o tratamento da doença.

Conclui-se que…

O benralizumabe mostrou-se uma opção terapêutica eficaz para o tratamento da GEPA, com capacidade de reduzir significativamente os sintomas e preservar funções. Essa nova terapia representa um avanço importante no manejo dessa doença complexa e oferece esperança para os pacientes.