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    ADA 2024 - Uso de iSGLT2 em Jovens com Diabetes Tipo 1: Resultados do Estudo ATTEMPT

    28 de junho de 2024

    2 minutos de leitura

    Qual o Contexto?

    Novos tratamentos para diabetes tipo 1 (DM1) são urgentes devido à redução na expectativa de vida em 8 a 13 anos e alta prevalência de complicações renais e cardiovasculares. A insulina sozinha tem mostrado limitações, tornando necessárias novas opções terapêuticas. Portanto, o estudo ATTEMPT, apresentado no Encontro da Associação Americana de Diabetes, explorou o uso de inibidor de SGLT2 como complemento à insulina em adolescentes com DM1, mostrando redução significativa na hiperfiltração renal e melhora no controle glicêmico, com segurança monitorada.

    Como o Estudo Foi Feito?

    O estudo ATTEMPT, um ensaio clínico duplo-cego, randomizado e controlado por placebo, envolveu a associação de Dapagliflozina à insulina em 98 adolescentes com DM1, idade média de 16 anos, por 16 semanas. Os pacientes não tinham nefropatia, mas sim hiperfiltração renal (taxa de filtração glomerular >100 ml/min). Houve uma redução de 8,44 ml/min no grupo Dapagliflozina, estatisticamente significativa em relação ao placebo, com uma queda inicial da taxa de filtração glomerular em 4 semanas e recuperação após 16 semanas. A hemoglobina glicada no grupo Dapagliflozina mostrou uma redução significativa de 0,48%. Não houve diferença significativa em eventos adversos, níveis elevados de cetonas, hipoglicemias e infecções urinárias entre os grupos, embora mais casos de cetonemia elevada tenham sido observados no grupo Dapagliflozina.

     Qual o Impacto na Prática?

    O estudo ATTEMPT é pioneiro em avaliar a eficácia dos inibidores de SGLT2 no controle glicêmico e prevenção de complicações renais subclínicas em adolescentes com DM1. Ele oferece informações importantes sobre os efeitos fisiológicos e metabólicos da associação de inibidor de SGLT2 à insulina nessa população. Os resultados indicam que uma baixa dose de inibidor de SGLT2 pode ser usada com segurança para melhorar a função renal e o controle glicêmico em adolescentes com DM1. No entanto, é essencial considerar o risco de cetoacidose antes de usar esses medicamentos na prática clínica. O estudo abre caminho para tratamentos que possam reduzir a progressão da doença renal no DM1

    Texto elaborado por: Dra. Andressa Leitão, Endocrinologista, presidente da SBD-PR


    Autor do conteúdo

    Equipe DocToDoc


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/ada-2024-uso-de-isglt2-em-jovens-com-diabetes-tipo-1-resultados-do-estudo-attempt


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