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    ADA 2024 - Semaglutida Reduz Carga Tumoral na MASH com Hepatocarcinoma

    27 de junho de 2024

    2 minutos de leitura

    Qual o Contexto?

    MASH, ou esteatoepatite associada à disfunção metabólica, está emergindo como uma das principais causas de carcinoma hepatocelular (HCC). A combinação de MASH e HCC pode ocorrer tanto em condições cirróticas quanto não cirróticas, e as imunoterapias atuais para HCC podem ser menos eficazes nesses pacientes, criando uma necessidade urgente de tratamentos efetivos. A semaglutida, um agonista do receptor de GLP-1 (GLP1R), tem mostrado potencial no tratamento de MASH. A palestra no Encontro da Associação Americana de Diabetes 2024 abordou a semaglutida e sua capacidade de reduzir a carga tumoral em um modelo de ratos com obesidade induzida pela dieta GAN (dieta rica em gordura, frutose e colesterol) e biópsia confirmada de MASH com fibrose avançada e HCC.

    Resumo da Palestra

    Ratos machos foram alimentados com a dieta GAN por 54 semanas antes da intervenção terapêutica. Apenas ratos com MASH e fibrose avançada confirmada por biópsia foram incluídos e estratificados em grupos de estudo. Os ratos receberam veículo ou semaglutida (30 nmol/kg) uma vez ao dia por 14 semanas. Os endpoints incluíram mudanças no escore de atividade da doença hepática gordurosa não alcoólica (NAS), estágio da fibrose, histologia quantitativa, classificação de tumores e contagem/macroscopia do diâmetro dos tumores. Os ratos demonstraram progressiva carga tumoral hepática ao longo do período de 14 semanas do estudo. Os tumores apresentaram características arquitetônicas, citológicas e moleculares consistentes com HCC de mau prognóstico. A semaglutida promoveu uma melhoria de ≥2 pontos no NAS, suportada por mudanças benéficas em marcadores histológicos quantitativos de esteatose e inflamação. Embora não tenha melhorado a fibrose, a semaglutida reduziu substancialmente o número de tumores, o tamanho dos tumores e os marcadores histológicos de proliferação e ativação de células progenitoras. De acordo com um ensaio clínico recente, a semaglutida melhora MASH, mas não promoveu a regressão da fibrose em ratos. Os dados indicam que o modelo de ratos usado nesse estudo é adequado para testar novas terapias medicamentosas para HCC induzido por MASH.

    Qual o Impacto na Prática?

    Os achados desta palestra indicam que a semaglutida pode ter um papel significativo no tratamento de MASH-HCC, oferecendo uma nova abordagem terapêutica que combina efeitos hepatoprotetores com a redução da carga tumoral. Na prática clínica, é essencial a aplicação do ScoreFib4 para a identificação e estratificação de risco desses pacientes. Atualmente, trabalhamos com a "MASH Awareness", o que significa que, se o seu paciente tem risco metabólico, é necessário também agir no espectro de controle da MASH. A partir de um fígado normal, 30% dos pacientes com síndrome metabólica evoluem para doença hepática gordurosa não alcoólica, agora chamada de MASLD. Destes, 20% evoluem para MASH e, destes, 20% evoluem para cirrose.

     

    Texto elaborado por: Dra. Andressa Heimbecher, Endocrinologista, criadora do instagram @endocrinologiaemdia


    Autor do conteúdo

    Equipe DocToDoc


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/ada-2024-semaglutida-reduz-carga-tumoral-na-mash-com-hepatocarcinoma


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