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    ADA 2024 - Quantidade, Qualidade e Timing de Proteína para Gestão de Peso e Glicemia: Uma Abordagem Personalizada

    02 de julho de 2024

    2 minutos de leitura

    Qual o Contexto? 

    A palestra de Alpana Shukla no Encontro da Associação Americana de Diabetes 2024 abordou a influência da ingestão de proteínas na gestão de peso e no controle glicêmico. Diferentes aspectos foram explorados, incluindo a quantidade, a qualidade e o timing da ingestão proteica, visando otimizar resultados de saúde.

    Resumo da Palestra 

    Os estudos apresentados compararam dietas com diferentes percentuais de calorias provenientes de proteínas, variando entre mais de 25% das calorias totais ou mais de 1,6 g/kg/dia, com dietas de baixa proteína. Os participantes foram acompanhados por períodos de 26 e 52 semanas para avaliar a perda de peso, a preservação da massa magra e o controle glicêmico. Dietas com alta proteína (1,2 a 1,6 g/kg/dia ou 25-32% das calorias) mostraram-se eficazes na promoção da perda de peso a longo prazo e na manutenção da massa magra. Comparadas às dietas de baixa proteína (15-20% das calorias), resultaram em maior perda de peso (-2 kg) e melhor controle da A1c (-0,5%).

    Proteínas animais geralmente têm maior biodisponibilidade, enquanto proteínas vegetais são mais baixas em gordura saturada e favorecem a saúde planetária. Maior ingestão de proteínas vegetais está associada a menores taxas de mortalidade geral, mortalidade cardiovascular e mortalidade por demência. Há um leve benefício no controle da A1c (-0,15%) com o consumo de proteínas vegetais.

    Distribuir a ingestão de proteína ao longo do dia (20-30 gramas por refeição) é mais benéfico. Consumir proteína antes das refeições pode reduzir os níveis de glicose pós-prandial. Estudos mostraram que um pré-carregamento de proteína 30 minutos antes da refeição ou comer vegetais e proteínas 15 minutos antes dos carboidratos reduziu significativamente os níveis de glicose pós-prandial.

    Qual o Impacto na Prática? 

    Na prática clínica, devemos incentivar uma maior ingestão de proteínas, na faixa de 1,2 a 1,6 g/kg/dia ou 25-32% das calorias totais, para promover a perda de peso e a manutenção da massa magra. Também é recomendado aumentar o consumo de proteínas vegetais devido aos seus benefícios na redução do risco de mortalidade e na melhora do controle glicêmico. A distribuição uniforme da ingestão proteica ao longo do dia, com 20-30 gramas por refeição, pode otimizar o controle do peso e da glicemia. Além disso, consumir proteínas ou vegetais antes das refeições principais pode ajudar a reduzir os picos de glicose pós-prandial. É fundamental educar os pacientes sobre os benefícios metabólicos das proteínas, incluindo sua capacidade de aumentar a termogênese induzida pela dieta, preservar a massa magra, aumentar a taxa metabólica basal e regular hormônios importantes como GLP-1, PYY e grelina. Em resumo, ajustar a quantidade, qualidade e timing da ingestão de proteínas pode ser uma estratégia eficaz e prática para melhorar a gestão de peso e o controle glicêmico, proporcionando uma abordagem personalizada e baseada em evidências para a prática clínica.

    Texto elaborado por: Dra. Tassiane Alvarenga, Endocrinologista, criadora do instagram @medicosnacozinha

     


    Autor do conteúdo

    Equipe DocToDoc


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/ada-2024-quantidade-qualidade-e-timing-de-proteina-para-gestao-de-peso-e-glicemia-uma-abordagem-personalizada


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