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    ADA 2024 - Impacto do Exercício na Saúde de Mulheres com Diabetes

    25 de junho de 2024

    2 minutos de leitura

    Qual é o Contexto?

    Nas últimas décadas, o exercício tem sido reconhecido como uma forma não farmacológica de melhorar a saúde, impactando positivamente o sistema cardiovascular, nervoso, músculo esquelético, fígado e tecido adiposo. A atividade física melhora o metabolismo da glicose e reduz o risco de diabetes gestacional (DG), condição que pode trazer consequências tanto para a mãe quanto para o feto a curto e longo prazo. Isso inclui aumentar o risco materno de desenvolver diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e alterar o metabolismo do bebê ao longo da vida. Em mulheres com histórico de DG, a atividade física reduz o risco de desenvolver DM2 e melhora o controle glicêmico em pacientes já diagnosticados com DM2. Entretanto, ainda se discute sobre a intensidade e a duração necessárias do exercício para obter esses benefícios. No Encontro da Associação Americana de Diabetes 2024, esse foi o tema da palestra.

    Resumo da Palestra: 

    A combinação de cinco medidas de estilo de vida (exercícios regulares, não fumar, dieta saudável, manter peso adequado e evitar consumo excessivo de álcool) reduziu o risco de desenvolvimento de DM2 em 90%, mesmo em mulheres com predisposição genética. A atividade física também foi associada à redução do risco cardiovascular em mulheres com histórico de DG. Em pessoas com DM2, a atividade física melhora o controle glicêmico, reduzindo o risco de complicações crônicas. As recomendações atuais de atividade física para a população geral são de 150 a 300 minutos de atividade física moderada ou 75 a 150 minutos de atividade física intensa por semana, incluindo treino de força duas vezes por semana. Uma meta-análise com 6718 participantes de 126 estudos clínicos randomizados mostrou que a quantidade ideal de atividade física para melhorar o controle glicêmico com alteração da HbA1c é de 110 METs-min/semana, o que pode ser traduzido em 244 minutos semanais de atividade aeróbica moderada ou 157 minutos de atividade intensa ou 314 minutos de atividade multicomponente moderada (aeróbica com treino de força) ou 138 minutos de atividade multicomponente intensa. 

    Qual o Impacto na Prática? 

    Diante do exposto, as recomendações atuais de atividade física para a população geral podem ser insuficientes para otimizar o controle glicêmico em pessoas com DM2. Portanto, recomendações individualizadas da prática de atividade física devem ser consideradas. Nesta aula foi demonstrado que, embora a atividade física intensa seja mais protetora na redução do risco de DG, atividades leves, como caminhadas rápidas, também são benéficas. Além disso, a atividade física no início da gestação deve ser encorajada, assim como em mulheres em idade reprodutiva que planejam engravidar ou que já apresentaram DG, pois reduz o risco de desenvolver DM2. Já o tempo sedentário, especialmente assistindo televisão, está fortemente associado ao risco de desenvolver DM2. A combinação de atividade física com dieta saudável, ausência de tabagismo, consumo moderado de álcool e manutenção de peso adequado proporciona um efeito protetor adicional contra DM2 em mulheres com histórico de DG. Por isso, esses hábitos devem ser fortemente incentivados.


    Autor do conteúdo

    Equipe DocToDoc


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/ada-2024-impacto-do-exercicio-na-saude-de-mulheres-com-diabetes


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