ACR 2024 - Ultrassonografia: Uma Ferramenta Essencial para o Diagnóstico e Acompanhamento da Artrite Reumatoide
21 de novembro de 2024
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Washington DC - EUA, 16 de Novembro de 2024. O Congresso Americano de Reumatologia (ACR 2024) apresentou um avanço significativo na área da reumatologia: as novas diretrizes para o uso do ultrassom musculoesquelético (US-MSK) no diagnóstico e acompanhamento da artrite reumatoide (AR).
Essas diretrizes, apresentadas pelo Dr. Gurjit S. Kaeley, refletem o crescente reconhecimento da importância do ultrassom como ferramenta de diagnóstico e acompanhamento da doença, tendo em vista que, desde 2012, o número de publicações científicas sobre a aplicação do ultrassom quase dobrou, evidenciando progressos nas definições dos achados ultrassonográficos observados na artrite reumatoide (AR) e nos escores de seguimento.
Diante de tudo isso, já estava na hora de uma nova atualização nas recomendações existentes para incorporar essas atualizações à prática médica atual.
O ultrassom musculoesquelético tem se mostrado superior à radiografia convencional em diversos aspectos:
Detecção precoce: O ultrassom permite identificar a inflamação articular em estágios iniciais, antes mesmo do aparecimento de alterações radiográficas.
Avaliação dinâmica: O ultrassom possibilita a visualização em tempo real da atividade inflamatória, permitindo uma avaliação mais precisa da resposta ao tratamento.
Menor custo e maior disponibilidade: Comparado a outras modalidades de imagem, o ultrassom é mais acessível e pode ser realizado no consultório médico.
As novas diretrizes do ACR destacam o papel do ultrassom em diferentes contextos clínicos:
Diagnóstico: O ultrassom, em conjunto com o exame clínico, auxilia no diagnóstico precoce da AR, especialmente na detecção de sinovite e tenossinovite.
Acompanhamento da doença: O ultrassom permite monitorar a atividade da doença, avaliar a resposta ao tratamento e identificar flares precocemente.
Diagnóstico diferencial: O ultrassom ajuda a diferenciar a inflamação relacionada à AR de outras condições, como a gota e a pseudogota.
Avaliação prognóstica: A presença de sinovite e erosões detectadas pelo ultrassom se associa a um pior prognóstico.
Tomada de decisão: As informações obtidas pelo ultrassom podem auxiliar na decisão sobre a intensificação ou mudança do tratamento.
A combinação do ultrassom com o exame clínico aumenta a precisão diagnóstica da AR.
A presença de sinovite e tenossinovite detectadas pelo ultrassom é um forte indicador de atividade da doença.
O ultrassom pode auxiliar na identificação de pacientes que podem se beneficiar de um tratamento mais agressivo.
A avaliação da resposta ao tratamento por meio do ultrassom pode ser mais precisa do que a avaliação clínica.
As novas diretrizes do ACR consolidam o papel do ultrassom como uma ferramenta essencial na prática clínica reumatológica. A expectativa é que o uso do ultrassom se torne cada vez mais difundido, permitindo um diagnóstico mais precoce e um acompanhamento mais preciso dos pacientes com AR.
"O ultrassom, especialmente as técnicas Doppler, fornece informações fundamentais sobre a atividade da doença e alterações importantes que nem sempre são aparentes durante os exames padrão"
afirma o Dr. Gurjit S. Kaeley.
As novas diretrizes do ACR representam um marco importante para a reumatologia, consolidando o papel do ultrassom como uma ferramenta essencial para o diagnóstico e acompanhamento da artrite reumatoide. A implementação dessas orientações na prática clínica permitirá um cuidado mais preciso e personalizado para os pacientes com AR.
Autor do conteúdo
Alexandre Matos
Referências
Públicação Oficial
https://app.doctodoc.com.br/conteudos/acr-2024-ultrassonografia-uma-ferramenta-essencial-para-o-diagnostico-e-acompanhamento-da-artrite-reumatoide
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