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    Ablação por Radiofrequência em Nódulos Tireoidianos: Novo Consenso Brasileiro Traz Diretrizes para a Prática Clínica

    12 de outubro de 2024

    3 minutos de leitura

    Confira:

    Recife - PE, 11 de Outubro de 2024. Um marco importante para a prática clínica no tratamento de nódulos tireoidianos benignos foi estabelecido com a publicação do "Consenso Brasileiro sobre a aplicação de ablação térmica para nódulos tireoidianos". O documento, resultado de um esforço conjunto da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (SOBRICE), da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), traz diretrizes atualizadas sobre a utilização da ablação por radiofrequência nessa condição.

    O que a descoberta implica

    A ablação por radiofrequência é um procedimento minimamente invasivo que utiliza calor para destruir o tecido nodular. Essa técnica tem se mostrado eficaz na redução do volume de nódulos benignos, aliviando sintomas como compressão e melhorando o aspecto estético. No entanto, a sua indicação deve ser feita de forma criteriosa, considerando as características individuais de cada paciente e as evidências científicas disponíveis.

    Os impactos da novidade

    De acordo com o consenso, a ablação por radiofrequência pode ser considerada como primeira linha de tratamento para nódulos benignos com mais de 50% de parte sólida, especialmente em casos de sintomas compressivos ou nódulos autônomos. No entanto, a técnica apresenta algumas limitações. A redução do volume do nódulo após a ablação pode não ser completa e o ‘recrescimento’ pode ocorrer em alguns casos (entre 5 a 24%). Além disso, a eficácia da ablação no controle do hipertireoidismo em nódulos autônomos é menos previsível, e a tireoidectomia parcial e a radioiodoterapia ainda são consideradas as opções de primeira linha para essa condição.

    Palavra do especialista

    O Dr. Cleo Mesa Jr., um dos principais autores do consenso, destaca a importância de avaliar cuidadosamente cada caso antes de indicar a ablação por radiofrequência.

     “A radiofrequência é melhor naqueles nódulos menores de 10 ml e que não tenham supressão de TSH. Além disso, é fundamental ter certeza do diagnóstico de benignidade antes de realizar o procedimento, pois a imagem do nódulo pode se alterar após a ablação.”

    Próximos passos

    Um dos desafios para a disseminação da ablação por radiofrequência no Brasil é a falta de acesso à técnica, tanto em termos de profissionais qualificados quanto de equipamentos. O consenso busca estimular a formação de novos especialistas e a criação de centros de referência para a realização do procedimento.

    Em resumo…

    O consenso brasileiro sobre a ablação térmica para nódulos tireoidianos representa um avanço significativo para a prática clínica. Ao estabelecer diretrizes claras e baseadas em evidências científicas, o documento contribui para a otimização do tratamento de pacientes com nódulos benignos da tireoide. No entanto, é fundamental que a técnica seja utilizada de forma criteriosa e individualizada, sempre considerando as características de cada paciente e as limitações da própria técnica.

    Referências:


    Autor do conteúdo

    Caroline Pamponet


    Referências

    Públicação Oficial

    https://app.doctodoc.com.br/conteudos/ablacao-por-radiofrequencia-em-nodulos-tireoidianos-novo-consenso-brasileiro-traz-diretrizes-para-a-pratica-clinica


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