Ablação de Taquicardia Ventricular Melhora Desfechos em Cardiopatia Isquêmica?
18 de dezembro de 2024
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Pacientes com taquicardia ventricular (TV) e cardiomiopatia isquêmica possuem alto risco de eventos adversos graves. A ablação por cateter é frequentemente utilizada quando medicamentos antiarrítmicos falham em controlar a TV, mas sua eficácia como terapia de primeira linha em comparação direta com medicamentos ainda era incerta. Este estudo randomizado buscou esclarecer essa questão e mostrou que a ablação por cateter oferece melhores desfechos clínicos nesse perfil de pacientes.
Foram incluídos 416 pacientes com histórico de infarto do miocárdio (IAM) e TV clinicamente significativa, definida por tempestade elétrica, choque apropriado por cardioversor-desfibrilador implantável (CDI), estimulação antitaquicardia ou TV sustentada tratada em emergência. Os pacientes foram randomizados para receber terapia antiarrítmica ou ablação por cateter.
O desfecho primário foi um composto de morte por qualquer causa durante o acompanhamento ou, mais de 14 dias após a randomização, tempestade elétrica, choque apropriado do CDI ou TV sustentada tratada por intervenção médica.
Os resultados mostraram que eventos do desfecho primário ocorreram em 50,7% dos pacientes submetidos à ablação por cateter, contra 60,6% daqueles tratados com medicamentos antiarrítmicos (RR, 0,75; IC 95%, 0,58–0,97; p=0,03).
O estudo VANISH2 reforça que a ablação por cateter deve ser considerada como estratégia inicial para pacientes com TV e cardiomiopatia isquêmica. Além de melhorar os desfechos clínicos, a ablação reduz a ocorrência de arritmias ventriculares graves e evita os efeitos colaterais associados a medicamentos antiarrítmicos, como a Amiodarona, conhecida por causar depósitos na córnea e no pulmão.
Autor do conteúdo
Equipe DocToDoc
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Públicação Oficial
https://app.doctodoc.com.br/conteudos/ablacao-de-taquicardia-ventricular-melhora-desfechos-em-cardiopatia-isquemica
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